quinta-feira, junho 25, 2009

A família Freitas

A família Freitas está entre as mais tradicionais de Palma e estão desde o início da fundação quando ainda era a Vila do Capivara e sempre participaram ativamente da política do município.


Firmo de Araújo Pereira, data provável da foto 1910


Jeremias de Araújo Pereira - atuou como secretário do Coronel Firmo de Araújo Pereira e eram parentes. A data da foto provavelmente nos anos 20

Ernestina de Araújo Freitas, filha de Jeremias de Araújo Pereira

José de Freitas com a família no Rio de Janeiro, 1980.

Agradeço a Eliane Maria Soares que muito gentilmente nos enviou as fotos. Ela é filha de José de Freitas, irmão de Waldir de Freitas e os dois apaixonados pela história de Palma. Eliane contou que seu pai antes de falecer escrevia um livro sobre Palma. Deixou um manuscrito com mais de 100 páginas. Torcemos que isto seja publicado o mais breve possível.

terça-feira, junho 23, 2009

Entrevista com o prefeito de Palma


O prefeito Beto e o vice Zé do Binuca

Carlos Roberto Alvim de Paula, mais conhecido por Beto foi eleito prefeito de Palma em outubro de 2008 com 2290 votos. Assumiu a prefeitura em janeiro tendo a frente enormes desafios e, nesta entrevista que concedeu ao blog fala do trabalho que vem realizando e os projetos para o futuro.

1-Prefeito com seis meses de governo qual a sua avaliação sobre a situação de Palma?
A avaliação que faço sobre a situação de Palma nestes últimos seis meses de trabalho é a seguinte: Palma é uma cidade pequena,mas com dificuldades talvez maiores que de uma cidade de porte maior, tendo uma arrecadação pequena e com muito trabalho a ser feito em todos os setores como saúde, educação, social, agricultura, construção de estradas e pontes, cultura, esporte e turismo, mas com a ajuda de Deus e de todos que confiam em mim, aqui vim para implantar uma política nova para o nosso povo.

2-As necessidades são grandes mas todos sabemos que antes e com esta crise a verba dos municípios é curta, é possível administrar com poucos recursos?
Como disse, as necessidades são muitas em todos os setores e diante desta crise que assola os municípios, temos que ter muita cautela procurando aplicar o dinheiro público, buscando recursos extra-orçamentários(convênios)para melhor atender aos anseios de nosso povo.

3-Palma já teve grandes líderes no passado. Em qual deles se inspirou para entrar na política?
Não foi inspiração, aceitei este desafio procurando me espelhar em um ex-prefeito e saudoso amigo Mário Celso Freitas Pinto que faleceu faltando 16 meses para terminar o seu mandato,não permitindo assim que concluísse todos os seus sonhos e projetos para nossa cidade.



4-Na campanha para prefeito qual foi o momento mais difícil?


Todos os momentos são muito difíceis em uma campanha eleitoral, mas ao assumir este compromisso,coloquei Deus à minha frente para que me mostrasse os caminhos corretos,e procurei respeitar a todos os adversários e principalmente a cada eleitor,e com isto chegamos onde estamos.



5-Em sua administração qual área terá prioridade: saúde ou educação?
A prioridade em que hoje estamos focados para atender as nossas comunidades é a área da saúde, porque se tivermos um bom tratamento neste setor,principalmente para os mais carentes,com certeza teremos também uma boa educação.


6-O governo do estado tem ajudado Palma?
Deus está me proporcionando conhecimentos e amizades muito importantes para a nossa cidade,colocando em nossos caminhos o Secretário de Governo de Minas Gerais Dr. Danilo de Castro, homem que já o admirava e hoje o admiro muito mais, pela pessoa amiga, sincera, positiva e que muito tem feito pela nossa cidade e continuará fazendo. Disto tenho certeza, porque acompanho e vejo o seu carinho e respeito pelo povo da Zona da Mata Mineira. Assim como também,desde os primeiros contatos que tive com o seu filho Dr. Rodrigo de Castro - deputado federal mais votado no estado de Minas Gerais -pude perceber também o seu carinho e interesse em nos ajudar.
Também temos o nosso deputado estadual e amigo Lafayette de Andrada, que durante a campanha eleitoral demonstrou um carinho e um grande interesse em ajudar o nosso povo.
E assim segue a vida:"De uma boa árvore só se colhem bons frutos."


7-E no seu mandato quais são as obras que serão tocadas?
Com o brilhante trabalho de nosso governador Aécio Neves,e com a ajuda do Secretário de Governo Dr. Danilo de Castro,do Deputado Federal Dr. Rodrigo de Castro e do Deputado Estadual Lafayette de Andrada,já nos próximos meses estaremos iniciando obras na área da saúde,como construção da Farmácia de Minas,UBS na comunidade Parque das Palmeiras,pontes nos distritos e zonas rurais,educação,transporte escolar e ,em breve, projeto de casas populares.

8-Qual a mensagem do prefeito de Palma para todos os palmenses espalhados pelo mundo? Mando uma mensagem de carinho e muito respeito a todos os palmenses, hoje morando em várias cidades do Brasil e exterior.Aqui estaremos sempre para recebê-los porque como diz o verdadeiro ditado mineiro:"O bom filho à sua casa retorna!"Um grande abraço a todos e que Deus esteja sempre presente em suas vidas!

Desejamos ao Beto muito sucesso nesta empreitada e agradecemos a atenção dispensada em conceder esta entrevista ao blog.

Agradeço a Daniel Hungria a colaboração para a realização desta entrevista.

O Miúdinho

De repente me vem a mente uma boa lembrança de quando criança lá em Cisneiros, infância pobre, mas feliz e repleta de sonhos. Sentia saudades sem saber o por que, afinal eu com 7,8 anos sentir saudades? Talvez seria desejos e vontades e ia vivenciando as partidas e chegadas dos trens da REDE FERROVIÁRIA FEDERAL. Meu pai trabalhva na estação e a vida seguia com muita luta e honestidade.

Comecei a estudar no Grupo Escolar São José bem na rua debaixo da linha do trem. Nós moravámos numa casa simples, fria, com janelas grandes, quartos enormes e com cercas de bambú - onde meu pai gostava de ter galinhas, patos, gansos que acabavam na panela e servia como sustento a mim e aos outros irmãos - que alugavam aos ferroviários e já descontavam no salários deles.

Ali comecei a aprender o ABC e já batia a minha bolinha. Sempre gostei de futebol e às vezes os tricolores, botafoguenses e vascaínos persuadiam para que eu torcesse para estes times. Até que tive e ainda tenho simpatias por estes clubes do Rio de Janeiro, capital mais próxima que Belo Horizonte, de onde vivíamos.

Havia uma família com melhor poder aquisitivo que os outros e acabei por conhecer o Marcial. Um garoto esperto,inteligente e já também meio culto, afinal seus pais eram pessoas com mais recursos, embora o pai também fosse ferroviário, mas era o chefe e havia sido transferido para comandar a estação de Cisneiros.Havia estudado no Rio de Janeiro em bons colégios e preparado para a função. Um pessoal muito calmo e gentis mas o Marcial, acabei o apelidando de Miúdinho, pois era pequeninho, com sardas nos rosto, meio gordinho e o dono da bola. Literalmente o dono da bola, pois os tios vinham visitá-lo e trazia PELOTAS de couro como presente.

Foi a primeira vez que vi uma bola, num Natal que eu e minha irmã inventamos de colocar o sapatinho velho e furado na janela, pois esperavámos fielmente que o Papai Noel passasse e traria presentes, afinal as crianças quase todas ganhavam presentes e nosso pai só nos dava goiabada e queijo em nosso Aniversário e Natal!!!

Passou a noite e no outro dia, só decepção! Lembro-me que minha irmã chorava copiosamente, pois a boneca que sonhava não estava no sapatinho; saí prá rua em frente de casa prá ver os velocipedes, bicicletas e brinquedos que os outros ganhavam.

De repente uma turma de meninos se formou e fomos bater bola em frente de casa, na rua onde fazíamos de nosso campinho, nossa diversão diária ingênua e amistosa.

Ao terminar a peladinha, o MIÚDO - (termo que os Portugueses trouxeram para o Brasil e muito usado naquela época ) me presenteou com a pelota. Fiquei radiante de felicidade, emocionado, senti-me importante, afinal o Marialvo, tio dele havia lhe dado outra novinha em folha e ele de bom coração e generoso deu-me o primeiro presente de minha vida. Talvez o segundo, pois o primeiro foi a minha vida.

Mas, horas depois, brincando com o meu irmão a bola caiu em frente a casa de um velho rabugento que não gostava de meu pai ou de minha família, pegou a pelota e furou. Rasgou e jogou na minha cara. Foi frustante e um golpe durissímo, afinal era a minha prenda de Natal, a única coisa que ganhara na vida.

Tive dias amargos e tristes, mas o MIÚDO me levava para frente da tua bela casa, a mais bonita de Cisneiros e ali perto da venda do Sr. Jamil Salum a gente divertia sob o olhar, ora da mãe, ora do pai dele. Foi um amiguinho bem especial que nunca mais o vi, mas não o esqueci. Recordo-o ainda menino daquele jeitinho especial dele.

Acabamos mudando para Manhuaçú, depois Coronel Fabriciano e até que vim para BH. Rodei mundo,mas sempre me vem em mente algumas especiais pessoas e que estão marcada no coração, no peito, na alma, na mente com toda ternura que alguém possa sentir.

A partir dali começei a entender o bem e o mal, aprendi a ser honesto com meus pais, com a influência de pessoas bondosas, simples e trabalhadoras.

Aprendi a torcer para o Atlético...mas aí é outra história que um dia revelo a voces.

Grande abraço e que essa lembrança e saudade do Marcial possa servir de estímulo a todos a aprenderem a recordar o passado e valorizar a amizade que jamais morre,quando se gosta de verdade.

Belo Horizonte, 19 de junho de 2009
Guto de Moura

Visitem o blog do Guto: guttogallo-atleticano.blogspot.com

sexta-feira, junho 12, 2009

Um Blue Caps em Cisneiros

Carlos Alberto da Costa Vieira, o Carlinhos, um dos componentes do famoso grupo Renato e seus Blue Caps nasceu no Rio de Janeiro em 1943 e morou em Cisneiros de 1953 até 1973. Filho do sargento Dalmiro que foi casado com Dica, filha do Sr. João Costa e Dona Antonia.

A música sempre foi uma paixão em sua vida. O início de sua carreira musical aconteceu no cinema dos Finamores. Naquela época existiam muitos bailes na roça e, Carlinhos lembra dos bons sanfoneiros Floriano Reif e João Fortunato.

A diversão da juventude eram os bailes, onde namorar era um missão difícil devido a vigilância cerrada dos pais e irmãos. E também os bailes de carnaval na máquina de arroz. E ficar andando pela linha trem.

Carlinhos conta que recebeu uma carta de seu primo Renato o convidando para passar o carnaval e formarem um bloco, todos fantasiados de Elvis Presley. Ali foi o início do grupo Renato e seus Blue Caps que mais tarde seria um enorme sucesso no Brasil e no exterior.

Naquele início de 1961 os shows eram poucos, então Carlinhos alternava períodos no Rio de Janeiro e outros em Cisneiros. Neste mesmo ano, o grupo foi batizado de Renato e seus Blue Caps por Carlos Imperial e em seguida veio o sucesso meteórico.


Carlinhos Blue Caps - 1967

Em 1969 ainda participando do grupo, gravou um disco solo. Continuou participando grupo, saindo definitivamente em 1972.


Carlinhos Blue Caps - De volta ao sucesso - 2000

Aproveitando a onda que foi a Jovem-Guarda no final dos anos 90, gravou um CD, "De volta ao sucesso".

Carlinhos Blue Caps continua na ativa, fazendo shows por todo o Brasil e tem um carinho especial por esta terra e, até mesmo se considera um cisneirense.

terça-feira, junho 09, 2009

Carpa Gigante

José William(Bulinha), dono da máquina de arroz, pescou uma carpa de 14.8 kg no Rio Pomba no último sábado, dia 06/06/09, a maior que se tem notícia.




Fotos: Jônatas. Escrito conforme e-mail enviado por Josimar Salum.

Mapa Palma - 1976