sexta-feira, dezembro 28, 2007

quinta-feira, dezembro 27, 2007

O progresso de Palma

Como já foi publicado aqui no blog em posts anteriores, no município de Palma, a população vem reduzindo, devido a migração para outros centros em busca de oportunidades de trabalho. Com isto, a economia do município também está em declínio, mas este não é um fator isolado.

Analisando municípios da região com mesmo perfil de Palma, nota-se que os números não são ruins. Tomando como base Laranjal e Recreio, dois municípios vizinhos. O PIB de Palma em 2003 foi de R$ 22.979.855,00 e o IDH de 0,744; Recreio o PIB foi de R$ 30.389.948,00 e o IDH de 0,746; e o de Laranjal o PIB foi de R$ 22.971.143,00 e o IDH de 0,769 (*).

Recreio tem números bem próximos de Palma e com a mesma situação histórica. Já Laranjal, apesar de ficar nas margens da BR-116, os índices econômicos poderiam ser melhores.

Na entrevista com Paulo Prazeres, fiz uma pergunta sobre no passado ser discutido de trazer o progresso para Palma e isto não aconteceu, ele respondeu:
“com relação aos políticos dos grupos hegemônicos, se houve alguma alusão ao progresso, muito provavelmente deve ter sido com o objetivo de melhor enganar o eleitorado. Quanto a no futuro ocorrer um significativo progresso no município de Palma, acho perfeitamente possível, principalmente porque tenho a certeza de que no coração das pessoas honestas e que verdadeiramente amam o povo da nossa terra, existe uma enorme esperança de que as coisas vão melhorar. Sempre que tivermos oportunidade, nós temos a obrigação de cultivar e carinhosamente fortalecer essa esperança, sem enganar ninguém com ufanismos inconseqüentes”.

O município de Palma sempre teve como atividade principal a agricultura e a pecuária. A agricultura vem perdendo campo há muitos anos, sendo a produção leiteira a atividade principal.

Hoje no mundo a maior discussão é sobre o meio-ambiente e uma produção agrícola sustentável. Isto pode ser um grande trunfo para Palma no futuro.

(*) Os números do PIB e IDH citados acima, usei como base o site do IBGE.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Rua da Estação de Palma(MG)

Palma(MG) - 13/10/2007

Pôr do sol em Cisneiros

Cisneiros(MG) - 12/10/2007

Soluços
Henrique Barandier dos Santos

No rincão onde eu nasci,
Tive o meu amor primeiro,
Mas, tão cedo o perdi,
Era puro e verdadeiro.

A bela deusa morena
DE CISNEIROS a Rainha,
Tão cândida e serena
Dei-lhe amor o quanto tinha.

Sob o por d’ouro do sol
Qual um anjo ela sorria,
Era o amor ao arrebol
Que num frêmito nascia.

Seus olhos, raros brilhantes,
Roubou a luz do luar,
Tornando-a mais fascinante
vindo minh’alma iluminar.

De teu olhar a claridade,
Ametista a reluzir,
Sonhei com a felicidade
Doce luz de meu porvir.

A meiga donzela formosa
Tão mimosa e tão louçã,
Tem o perfume da rosa
Aberta ao frescor da manhã.

Seus lábios puros e subtis,
Os dentes de nível cristal,
Estojo em pérolas e rubis
Em uma face divinal.

Seu sorriso desabrocha
Com magia e esplendor,
Demonstrando a cabrocha
Da beleza o seu vigor.

Como a gazela garbosa
Tem macio o seu andar,
Suave, maliciosa
Vem ao meu coração pisar.

É a miragem deslumbrante
De minha mocidade,
É o meu sonho alucinante
De dor e de ansiedade.

Feliz quem pode esse anjo
De seu amor poder gozar,
E num abraço fremente
Em seus braços crucificar.

Quantos momentos risonhos
Daquele tempo fugaz,
Embala-me doces sonhos...
Belos sonhos de rapaz.

Um dia, se bem me lembro
Já nosso amor florescia,
Uma tarde de setembro
Fascinante ela sorria.

As margens do Pomba sentamos,
Enquanto as águas marulhavam,
Quantas juras de amor trocamos
Nossos olhos por si falavam.

Das águas ao refletir
Em seus olhos num lampejo,
Era uma santa a sorrir
Soluçando um terno beijo.

Foram só promessas vazias,
Doces quimeras e ilusões,...
Hoje, resta-me a nostalgia
Do passado, as recordações

Escrevo em linguagem sincera
O que a ela não pode dizer,
Minhas trovas tão singelas
Amenizam o meu sofrer.

Após citar a beleza
Da deusa do intenso amor,
Sinto e soluço a tristeza
De um peito, abismo de dor.

Ainda vejo em meus sonhos
Essa deusa em formosura,
Com seus trejeitos risonhos
Sorri de minha desventura.

A meiga cabocla faceira,
Que tanto amei com ternura,
com sua arrogância fagueira
Quase levou-me a loucura.

Ao seu olhar tão sereno
De argênteo palor do luar,
Tornei-me medíocre e pequeno
De tanto querer e amar.

Quando existe o puro amor,
Logo existe a confiança.
Foi bem longe o seu rigor,
vivi de fé e esperança.

Seu puro amor se acabou,
A fé morreu em meu peito,
Da esperança, nada restou
Desse pobre amor desfeito.

Ela de mim tem queixumes,
Confessou-me com rancor,
Com infundado ciúme
Ela matou nosso amor.

Com sua revolta num instante,
Destruiu a minha ilusão,
Qual um punhal flamejante
Feriu-me fundo o coração.

Hoje, desse amor fanado,
Me recordo com saudade,
Triste amor desventurado...
Do destino a maldade.

Essa folha esmaecida
Do livro de seu destino,
Triste página relida
De um menestrel peregrino.

Se pudesse me esquecer
Desse tempo a desventura,
Não trilhava a sofrer
elas sendas da amargura.

Oh!...meu Cisneiros tão caro,
Pequeno e amado rincão,
Guardas um tesouro raro
Que chegou-me o coração.

Nas asas frescas do vento
Ao baixar o sol a tarde,
Envio-te num lamento
Meu suspiro de saudade.

Corre vento alvissareiro,
Siga já sua jornada...
Levai meu beijo derradeiro
Em Cisneiros, a minha amada.
A fundação do PT em Palma

Paulo Prazeres enviou e-mail ratificando algumas informações publicadas no post Entrevista com Paulo Prazeres.

Em Palma, oficialmente o PT começou em 1981. A primeira reunião da qual participaram onze pessoas ocorreu em dezembro de 1979, antes mesmo da fundação do partido em nível nacional.

A reunião ocorreu na sede da Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina, local onde morava o Sr. José Luiz Ferreira e dos onze participantes estavam seus filhos Luiz e Jésus.

Segundo Paulo Prazeres, Jésus teve uma participação que deixou contente os demais, por ter servido o cafezinho.

Obrigado Paulo Prazeres pela entrevista anterior e mais este e-mail trazendo novas informações.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Entroncamento Estação Nova Cisneiros


Neste local ficava a chave que direcionava o tráfego para Cisneiros ou Santo Antônio de Pádua
Henrique Barandier dos Santos

Belíssimas as poesias de Henrique Barandier dos Santos publicadas nos posts anteriores e que foram enviadas por sua filha Lucinha, a quem agradecemos a gentileza.

A cada frase, percebe-se o quanto ele amava a sua terra: CISNEIROS.

Henrique Barandier dos Santos e José Moreira lutaram na Itália na Segunda Guerra Mundial.

Quando voltaram foram recepcionados na estação de trem por uma grande festa e homenageados na casa da Dona Gabriela Mendonça, onde participaram muitos cisneirenses.

Dona Namir, embora fosse criança nesta época, lembra perfeitamente deste evento onde povo de Cisneiros recebia de volta seus filhos queridos.

Henrique Barandier dos Santos, além de ser um herói cisneirense é também o maior poeta da nossa terra.
Sítio do Retiro

Cisneiros(MG) - 12/10/2007

Uma das primeiras poesias de minha infância
Henrique Barandier dos Santos

A minha primeira professora Maria Luzia de Barros, solicitou em sala de aula a descrição da Guerra do Paraguai. Como a mesma gostava muito de poesia, resolvi fazê-la não só em prosa como numa poesia, a seguinte:


Guerra do Paraguai

O Brasil sempre invencível
Inscreveu na sua história
Com a Guerra do Paraguai
Uma página de Glória

Seis anos sempre a lutar
Coragem não nos faltou
Solano Lopes o mau
Muito sangue nos custou

Era nosso Imperador
O bom D. Pedro II
Que com seu tino e prudência
Nos deu exemplo fecundo

Os feitos mais importantes são:

Batalha de Tuity x Riachuelo e
Tomada do forte Peribui
Corupaty, Cururu e a
Tomada de Humaita e o
Combate da vitória
Que foi inserro cora

Quando a peleja era horrível
Do exército um simples cabo
Mata Solano com a lança
Este herói, foi “Chico Diabo”

O lutador obscuro que
Lançou Lopes por terra
A quem devemos o fim
Da nossa Glória de Guerra


Não esqueçamos os nomes
Dos Heróis Duque de Caxias,
Ozorio, Mena Barreto e
O grande Marcilio Dias

Pedro Afonso, Polidoro
Barão de Triunfo, Barroco e
Francisco Camerino, Soldado e
poeta marioso

Ferido e sentindo a morte
Vendo seus sonhos dispersos
Com rasgo de patriotismo
Recita estes lindos versos

“Ou morre o homem na lida
Feliz coberto de glória
Ou surge o homem com vida
Mostrando em cada ferida
O hino de uma Vitória”.

Minha professora não acreditando que com idade de 10 anos no meu trabalho, procurou meu pai para saber, se era eu mesmo o autor, ele constatou que sim, com meus rascunhos em seu escritório.
Voltando da Guerra ao chegar em minha terra, com aplausos dos meus conterrâneos surgiu entre a multidão, a minha professora, cabelos grisalhos, com os braços abertos, sorrindo com olhos lacrimejastes exclamou:

“Ou morre o homem na lida
Feliz coberto de glória
Ou surge o homem com vida
Mostrando em cada ferida
O hino de uma Vitória”.

E abraçou comigo chorando, e foram momentos recíprocos de muita emoção para todos.
À PALMA
Henrique Barandier dos Santos

Palma... querido cantinho amigo!
Lindos sonhos de quimeras e ilusões,
Éden de minha infância, terno abrigo,
De doces foguedos, gratas recordações.

Palma... verdejante e alvissareira,
Distante lembro-te com ansiedade,
Morre o por d’ouro do sol na cordilheira
Minh’alma, triste chora esta saudade.

Com que carinho a revejo ainda
Através dos tempos que não voltam mais,
Não me abandona esta saudade infinda,
Meus belos sonhos, sublimes ideais.

Em cada rua, praça ou avenida,
Meus pensamentos vagueiam nesta hora,
Revejo em tudo a doce imagem querida
De ti, Palma, minha cidade d’outrora.

Quantas vezes em belas tardes brumosas,
Doidivanas, as revoadas em desafios,
As andorinhas alegres e ruidosas
Iam pousar nas pautas musicais dos fios.

Depois... partiam para longínquas terras,
Fugindo lestas dos dias hibernais
Retornavam ao florir da primavera,
Todas voltavam, eu não voltei jamais...

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Hino ao Ginásio Princesa Izabel
Henrique Barandier dos Santos

1ª Parte

Meu torrão!.. minha terra idolatrada,
Meu Cisneiros, aqui estou para estudar!...
Terra Virgem, por Deus abençoada,
P’ra teu nome, bem alto elevar!..
Despontando qual um sol radioso,
Teu Ginásio Princesa Izabel,
Tu ufanas, gentil e grandioso,
Com as graças que emanam lá do céu!...

Estribilho
Estudar eis o dever!...
Mocidade valorosa,
Não se deve esmorecer
Nesta marcha Gloriosa,
Lutaremos por Cisneiros,
Mocidade varonil,
Pelo solo brasileiro,
Pela glória, pela honra do Brasil.

2ª Parte

Juventude briosa e varonil,
Rebusquemos da ciência o saber,
Confiantes na glória do Brasil
Estudemos para a Pátria enobrecer!...
Cintilando o cruzeiro lá no Sul,
Cruz bendita de nossa redenção,
Rutilante no céu de puro azul
Qual diadema de ingente geração!..

Estribilho
Estudar eis o dever!...etc...etc
Canção do Ginásio Princesa Isabel
Henrique Barandier dos Santos

Esta terra ostentando primores
É Cisneiros, meu rincão altaneiro,
Berço terno de sonho e de amores,
Jóia engastada no solo mineiro.
Despontando qual um sol radioso,
O Ginásio Princesa Izabel,
Tu ufanas gentil e vaidoso
Com as graças que te emanam do céu.

Nos cultos, a Pátria confia,
Quem sabe, conduz alegria,

Estribilho
O saber é luz que irradia,
Nas trevas, é farol a brilhar...
Estudantes com galhardia,
Vigorosos com ufania,
Marchemos p’ra gloria que um dia
Devemos com o saber conquistar

Cisneirenses, uníssonos cantemos,
Este hino de etérea alegria,
Para o novo porvir despertemos
Cantaremos mil hosanas um dia,
Mocidade, orgulhosos venceremos,
Ginasianos...avante a lutar,
Bons exemplos nos livros aprendemos,
É cumprir com o dever o estudar.

Avante... brava mocidade...
Tenham por lema a lealdade,

Estribilho
É dever de brasilidade
A pátria se amar com fervor...
Sensato e sem vaidade,
Juramos com fidelidade
Ao BRASIL nosso ardente amor.

No Ginásio Princesa Izabel,
Os estudantes tem alma varonil,
Com a crença funda que lhes vem do céu,
Estudam pela grandeza do Brasil.
Fitando no alto o Cruzeiro do Sul,
Símbolo vivo de nossa redenção,
Irradiando no céu, puro azul,
Qual diadema de ingente nação.

Nosso brado de esperança .
A nossa terra de bonança ,
Tenhamos sempre na lembrança

Estribilho
Que é o país em que nascemos .
Com denodo e com pujança,
Sem ódio e sem vingança ,
Em paz e com perseverança
Pela Pátria estudaremos.
Saudades de meu rincão
Henrique Barandier dos Santos

1
Por vezes, mirando o azul do infinito,
Onde a vista já não mais alcança,
Meu pensamento, na amplidão, aflito,
Busca CISNEIROS em sutil lembrança.

2
Ao destino certo, com volúpia intensa,
A minha vila volvo a contemplar,
Sorvendo os dias de alegria imensa
Da terna infância volto a recordar.

3
Baixa o sol, morre lá no horizonte,
Longe angustiada alma voa....
Revejo minha aldeia num instante,
Revivendo a dor que me magoa.

4
Sinto-me quedo, minha alma pungida
Pela saudade voraz, cruciante.
Sou qual a triste juriti perdida,
De meu tão nobre Cisneiros distante....

5
Se choro, dizem, ao cair da tarde,
As lágrimas quentes aos olhos não vão,
Arde‑me o peito em ansiedade,
Rolam‑me as gotas diretas ao coração

6
Meus suspiros são ecos, são gemidos
Que o âmago ardente exala,
De cruel nostalgia exauridos
Da angustia que em meu ser se cala.

7
CISNEIROS, as doces imagens tuas
Rememoro febril em meu degredo,
Até as sujas poeiras das ruas
Me seduz, tem encanto, tem enredo.

8
Sob o imponente framboyam frondoso
Que a rua principal sombreava,
No estilo escaldante, em pleno gozo,
Em criança, descuidado eu brincava.

9
E as cutieiras? as irmãs unidas,
Bem junto ao largo não existem agora,
Rugosos troncos, viu o passar de vidas,
De homens hoje, crianças de outrora.

10
No Capivara, rio pequenino,
De norte a sul meu Cisneiros a banhar,
Longe vai o áureo tempo de menino
Que em suas águas, feliz ia nadar.

11
Qual imensa esteira de pratas
Qual dorso de serpente gigante.
Marulhante veloz sob as matas
O Rio Pomba, ruidoso e passante.

12
Suas águas, turvas ou brilhantes,
São lágrimas que correm em seu leito,
Pranto vivo dos filhos distantes,
São saudades jorrando em meu peito.

13
Cai a tarde sobre as águas constantes,
Lenta, a noite estende o seu véu,
Vaga-lumes pingentes, ofuscantes,
São estrelas que cintilam no céu.

14
Quando, lá no alto a lua cheia,
Majestosa, surgindo nesta hora,
Me transporto, suspiro, o peito anseia,
Quero rever meu Cisneiros de outrora!...

15
Oh!... meu Cisneiros, meu torrão amigo,
Que da infância à minha mocidade,
Teve em meu peito um terno abrigo,
No presente, um turbilhão de saudade.

16
Que a saudade mata não é verdade,
Discordo dessa tola fantasia,
Se essa fosse a realidade,
Já eu descansava sob a campa fria.

17
Dorme Cisneiros... em tranqüilo sono,
Os raios albentes que o ilumina,
Vem lá do céu, que é de Deus o trono,
É enviado qual bênção divina.

18
A brisa suave que o acaricia
É o doce afago que pela noite vai,
É o beijo terno de amor e poesia,
Bendito o seja, porque o envia ao Pai.

Sumidouro, dezembro de 1952


Agradeço a Lucinha, filha de Henrique Barandier dos Santos que enviou a poesia acima publicada. E a Marcelo Barandier dos Santos que fez o contato com Lucinha.

No site da Prefeitura de Sumidouro(RJ) encontra-se publicada outras poesias de Henrique Barandier dos Santos:

Site da Prefeitura de Sumidouro

terça-feira, dezembro 18, 2007

Estação do trem - Palma

Rua para a estação de trem, ao fundo a casa do feitor - Palma(MG) - 13/10/2007
Fotos Linha do trem e Tulha

Margem da linha do trem, próximo da Ponte de Ferro - Cisneiros(MG) - 12/10/2007

Tulha - utilizada na passado para guardar arroz em casca - Cisneiros(MG) - 14/10/2007

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Fotolog

André Alvim de Miracema(RJ) tem um fotolog e publicou duas fotos de Cisneiros, vale a pena conferir:

Ponte de Ferro
Armazém
Fotos de Cisneiros

Rua de terra- da chácara dos Vaz para Cisneiros(MG) - 14/10/2007

Entrevista com Paulo Prazeres

Nesta minha última viagem a Cisneiros, estive em Palma no dia 13 de outubro e no final da tarde deste, estive na casa de Paulo Prazeres para uma conversa rápida.

Dias depois após trocas de e-mails, solicitei uma entrevista e ele muito gentilmente respondeu e é reproduzida no final deste post.

Paulo Prazeres nasceu em Palma(MG) no dia 16 de abril de 1940, filho de Admar de Mattos Ferreira e Euléquia Prazeres Ferreira. Tem três cursos superiores: Ciências Contábeis, Ciências Econômicas e Direito. Possui diploma de catequista. E também tem um pouco de músico e compositor.

Paulo Prazeres participou ativamente da fundação do PT em Palma no ano de 1981 e teve uma atuação muito grande na eleição municipal de 1982. Em 1986 candidatou-se a deputado estadual.

Quando começou a se interessar por política? O que o inspirou?
Comecei a me interessar por política desde os tempos da adolescência, mas com nenhuma atuação significativa. Na área sindical, na década de 60, tive uma pequena participação, sem maiores conseqüências. Antes do PT existir, nos últimos anos da década de 70, fiquei muito interessado com a idéia de uma possível fundação do Partido dos Trabalhadores, principalmente com a possibilidade de se organizar um partido de baixo para cima, ao contrário dos partidos existentes. Eu vivia meio que sufocado e angustiado com os partidos políticos e, como cristão, não conseguia nenhum tipo de sintonia com os partidos até então existentes.

Como foi a idéia de fundar o PT em Palma?
A idéia da fundação do PT em Palma teve como ponto de partida a iniciativa de duas pessoas: Washington Luiz, meu sobrinho e Fábio Luiz, filho do Ribeirinho. Eles se envolveram com várias pessoas em Juiz de Fora e levaram a idéia para Palma, convidando várias pessoas para aquela que seria a primeira reunião do futuro partido. Onze pessoas participaram da primeira reunião para a organização do PT em Palma, estando eu incluído nesse grupo. Participaram da primeira reunião: Washington Luiz, Fábio Luiz, Paulo Prazeres, Luiz Ferreira da Silva Neto, Silvinho, Baixinho, Walter Moura de Oliveira (Dóca), Jésus Geraldo Ferreira e mais três pessoas, cujos nomes não me lembro. Essa primeira reunião não ficou registrada em nenhum livro e nem em nenhuma folha de papel, mas foi uma reunião muito boa e muito importante porque deu início ao primeiro movimento político de esquerda em Palma. Outras reuniões preparatórias foram realizadas durante o ano de 1980, inclusive na zona rural. O primeiro diretório somente foi eleito em 1981.

A primeira eleição disputada foi em 1982 e lembro que ocorreram muitas dificuldades. O que foi mais difícil?
Na eleição de 1982 o PT participou sem nenhum recurso financeiro. Foi tudo muito difícil, com muito sofrimento, muita perseguição tanto da polícia como dos grupos políticos tradicionais. Foram muitas as dificuldades, mas elas não impediram de realizarmos uma campanha cheia de entusiasmo, inclusive com 5 comícios (havia muito tempo que não se fazia comícios em Palma): 1 em Itapiruçu, 1 em Cisneiros e 3 em Palma. Apesar de não elegermos ninguém, nossa atuação foi decisiva para evitar a virada na política em Palma, tão sonhada pela "oposição".

O PT teve importante papel na vitória da oposição em 1988?
A vitória da "oposição" em 1988, a meu ver, não teve influência do PT, ou, pelo menos, não teve influência decisiva. Outros fatores contribuíram de modo mais contundente para que acontecesse a quebra da hegemonia dos fanáticos e reacionários seguidores do antigo PSD, os quais conservaram o poder político por mais de 40 anos, com sucessivas vitórias sobre os também fanáticos e reacionários seguidores da antiga UDN.

Acha que a política em Palma mudou?
Em algumas coisas de pequena importância pode até ter mudado, mas no essencial continua preponderando a mentalidade retrógada das famílias ou dos grupos que se alternaram no poder nos últimos 60 anos, desde a primeira eleição realizada após a queda da ditadura de Vargas.

O município de Palma a cada ano que passa tem sua população diminuída e a economia também em declínio. Acredita que o poder público está preocupado com isto? E o que fazer para rever esta situação?
Com relação às pessoas que estão dominando o poder público municipal não posso dizer se estão preocupadas com o declínio da economia e com a diminuição da população, porque o pensamento das pessoas são invioláveis. Entretanto, se estiverem preocupados, não estão sabendo tomar as iniciativas para tentar mudar a situação. Para rever a situação, melhor dizendo, para tentar melhorar a situação acho que é importante fazermos alguma coisa para melhorar o nível de consciência da população, inclusive, e principalmente, para tentarmos evitar a eleição de gente desonesta e ou incompetente.

Atualmente como está a atuação do PT no município de Palma?
Atualmente o Partido dos Trabalhadores está muito fragilizado. Particularmente não tenho atuado no partido, estando afastado do diretório há mais de 2 anos. Mas se o PT conseguir registrar uma chapa completa para disputar as eleições de 2008, talvez até eu me anime a participar, mesmo com algum sacrifício.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Família Costa Reis

O Dr. Bernardo Tolentino Cysneiro da Costa Reis era descendente de pessoas que tiveram importância na história de Minas Gerais, sendo bisneto de Manoel Manso da Costa Reis, nascido em 1711 na cidade de Salvador(BA) e casado com Clara Maria Negreiros de Castro em 1750, na cidade de Ouro Preto(MG).

No ano 1770 o tenente Manoel Manso da Costa Reis foi indicado, juntamente com o capitão Feliciano José da Câmara – capitão mais velho do terço de Ordenanças de Vila Rica – e com o tenente-coronel do terço de Auxiliares de Vila Rica, Antônio de Sousa Mesquita, na lista tríplice da Câmara de Ouro Preto para ocupar o posto de sargento-mor das Ordenanças vago por falecimento de Manuel Rodrigues Abrantes.

Seu avô paterno era o Capitão Valeriano Manso da Costa Reis, nascido em Ouro Preto(MG) e casado Ana Ricarda Marcelina de Seixas em 26 novembro 1788 em Ouro Preto(MG). O Capitão Valeriano tinha como cunhada Maria Dorothéa Joaquina de Seixas, Marília de Dirceu, musa do poeta Thomaz Antonio Gonzaga. Nos Autos da Devassa, o Capitão Valeriano é citado, tendo atuado no mesmo regimento de Tiradentes.

Seu pai, Bernardo Tolentino Manso da Costa Reis, nasceu em 1800 na cidade de Ouro Preto(MG) e, mudou-se para Pernambuco em data desconhecida, onde casou-se com sua prima-paterna Maria Antonia Cysneiro da Costa Reis em 02 de julho de 1827, em Recife (cartório Boa Vista, Livro 4, folha 99). Bernardo Tolentino nesta época era comerciante em Recife e Comendador da Ordem da Rosa. A informação não é precisa, mas acredita-se que esta migração para Pernambuco teve a ver com o declínio da exploração das minas de ouro.

A família Cysneiro em Pernambuco nesta época possuia na região de Ipojuca vários engenhos de açúcar. O Dr. Costa Reis nasceu no dia 28 de janeiro de 1847, no distrito de Nossa Senhora do Ó, Comarca de Ipojuca(PE).

O Dr. Costa Reis estudou em Salvador(BA) de 1866 a 1871. Pelas datas, chega-se a conclusão que após se formar voltou para Providência(Leopoldina) para clinicar e ser fazendeiro.

Os Costa Reis tinham ligações familiares com os Côrte Real, Monteiro de Barros e Gama Cerqueira e alguns membros delas exerceu influência na política de Leopoldina.

No livro "Minhas Recordações" de Francisco de Paula Ferreira de Rezende, na edição da Imprensa Oficial de Minas Gerais, na página 423:

Naquele tempo um dos homens mais importantes do município da Leopoldina era o major José Maria Manso da Costa Reis. Um dia, uma pessoa que não conhecia aquele major o qual geralmente conhecido pelo simples nome de major José Maria, o confundiu com o dono do Hotel e deu a este o título de major.

O Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis começou a adquirir os terrenos que formaram a Fazenda Aliança em Cisneiros(MG) no ano de 1876.

Fontes:

http://www.angustura.com.br/
Revista do Espaço Acadêmico Nº 68 Janeiro/2007
Consulta por e-mail a Nilza Cantoni de Petrópolis(RJ)

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Professora Antonietta Motta Bastos

No dia 07 de junho de 2004, o prefeito de Volta Redonda(RJ), Antônio Francisco Neto inaugurou as obras de reforma e ampliação da Escola Municipal Belo Horizonte.

Nesta mesma data a escola passou a se chamar Escola Municipal Antonietta Motta Bastos, que foi professora nesta cidade. Estiveram presentes na inauguração vários parentes da professora.

Antonietta Motta Bastos nasceu em Cisneiros(MG) em 1904. Mudou-se para Barra Mansa(RJ) em 1940 onde reabriu a Escola Estadual da Divisa em Floriano(RJ).

Em 1948 foi convidada para dirigir o Grupo Escolar Trajano de Medeiros e em 1954 assumiu a direção do Grupo Escolar Presidente Roosevelt, todos em Volta Redonda(RJ).

Dirigiu o departamento de Educação e Saúde em 1962.

A professora Antonietta Motta Bastos faleceu no dia 02 de fevereiro de 2002, aos 98 anos.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Chácara dos Vaz

Estrada que segue para a Chácara da família Vaz


Ao fundo Cisneiros - foto tirada da estrada sentido Chácara dos Vaz

quinta-feira, dezembro 06, 2007

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Ferrovia para Recreio


Estrada de ferro - sentido Recreio(MG), no lado esquerdo pela manhã a serração.

Mapa Palma - 1976