O trabalho de pesquisa histórica

Para escrever estes artigos no blog, utilizo como base muitos documentos que colecionei de 1986 a 1988. Escrevi muitas cartas para diversos arquivos públicos e bibliotecas – também visitei muitos.

Em post no início, agradeci diversas pessoas pela colaboração. E no período desta pesquisa, deparei com muitas dificuldades de obter informações. Naquela época estava sendo organizado o Arquivo Público de Cataguases e recebi o apoio de seu diretor, Jorge Araújo. Neste arquivo encontrei muitos documentos referentes à ocupação das áreas do Capivara e do Arraial Novo(Cisneiros) e onde encontrei a escritura de compra da fazenda pelo Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis.

No cartório de Cisneiros, com ajuda da Adelaide Guedes Amorim, descobri muita coisa sobre as famílias e fatos só conhecidos por contarem. Um fato bastante interessante foi encontrar as duas atas de uma comissão para a construção da igreja. O escrivão Antônio Fontes Júnior utilizou este livro para as duas atas e depois colou as primeiras folhas, utilizando-o para fazer o registro civil. E com isto, estes preciosos documentos foram preservados, quase sem querer.

O interessante que para escrever a história de uma cidade ou pessoas é preciso ir juntamente fragmentos, como num quebra-cabeça. Leva tempo e quanto mais se procura, mais fatos encontramos e depois de montadas as peças chega-se a um resultado muitas vezes nem próximo da realidade. O tempo faz com que muitos fatos desapareçam, outros de menor importância, tornam-se relevantes.

Pesquisar é um trabalho de detetive e muitas vezes a pista que seguimos está errada e é preciso procurar outra. Mas é muito gratificante ler documentos antigos, deduzir e elaborar uma tese sobre o que foi encontrado.

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