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Mostrando postagens de 2006
Moradores antigos de Cisneiros A primeira foto é de um casamento onde o Sr. Antônio Pinto está assinando um livro. O Sr. Antônio Pinto foi vereador e vice-prefeito e por muitos anos teve uma casa de comércio, que ainda existe, e hoje comandada pelo seu filho, José Guilherme. A segunda é do Sr. Castorino Tavares Neto e Policarpa Maria das Dores (Dona Paula), antigos moradores de Cisneiros. Muitos descendentes deste casal ainda moram por lá. Antônio Pinto (assinando o livro) e Adelaide Guedes Amorim(escrivã). Sr. Castorino e Dona Paula Obrigado Wilson Tavares da Costa pela colaboração!
Firmo de Araújo morto Alvejado por tiros, a cabeça de Firmo de Araújo ficou toda esfacelada e irreconhecível. Seu corpo ficou caido na estrada por dois dias, tanto era o medo causado pelo "Grupo da Morte". As forças militares enviadas pelo Governo do Estado, demoram quase uma semana a chegar em Palma. No terceiro dia, seus amigos, recolheram seus restos mortais e levaram para a Chácara do Mendonça e depois o sepultaram. Por anos circulava a lenda de que a sepultura de Firmo de Araújo era amarrada com correntes, pois tempos depois ele havia se transformado em uma serpente e tinham medo de que escapasse. Tudo invenção de seus inimigos que além de eliminá-lo fisicamente continuaram a denegrir sua imagem. Em 1954, quando prefeito municipal, José de Paula Freitas(Zequinha Roldão), seu túmulo foi construído ao lado de seus pais, o retrato colocado na Câmara e virou nome da rua na saída de Palma para Cisneiros.
A campanha difamatória contra Firmo de Araújo O assassinato do Coronel Firmo de Araújo em 07 de julho de 1912 encerrou um período longo de batalhas enfretadas por ele no âmbito da política e justiça. O sub-delegado de Laranjais(atualmente Itaocara-RJ), Otávio Monteiro de Barros em conjunto com um Tenente de Polícia de Cataguases invadiu as fazendas de Firmo de Araújo à procura de criminosos, principalmente ladrões de animais. Firmo de Araújo os processou e com seu poder político passou a perseguir o sub-delegado que desistiu da carreira na polícia, indo para o Rio de Janeiro onde colaborou para a publicação das várias reportagens que sairam na "Gazeta de Notícias". As reportagens foram publicadas nas edições de 26, 28 e 31 de março de 1909 e, causou um desgaste muito grande no prestígio político de Firmo. Seus companheiros de partido, Antenor Freitas e Jeremias de Araújo Pereira o defenderam enviando artigos para a própria "Gazeta de Notícias" e jornais da região, c
Padre Joaquim Rodrigues Cardoso O depoimento de Manoel Laxe Gouveia de Mendonça chefiou o "Grupo da Morte" diz ter até mesmo ter utilizado recursos próprios para a missão, com o objetivo de libertar o povo de Palma de um tirano que, segundo ele dava coberta a diversos criminosos. Muitos pontos não ficaram esclarecidos, mas é difícil de se acreditar que tenha agido somente como um libertador, cheio de boas intenções. Embora Firmo de Araújo tivesse influência política, a justiça funcionava em Palma e na região. E Manoel Laxe, pelos depoimentos, nota-se seu objetivo somente seria atingido com a morte. Em um trecho, isenta o padre Joaquim Cardoso: O reverendo Joaquim Cardoso, meu velho amigo e também vítima de muitas perseguições pelo simples fato de combater com palavras cheias de fé a inqualificável miséria que se alastrava no município. Estava chegando a hora do ajuste, lavando-se assim a vergonha de inúmeros lares cujas lágrimas nunca lhe mereceram um olhar de piedade. Falei
A trama da morte de Firmo de Araújo Os moradores do centro de Palma foram acordados na madrugada do dia 06 de julho de 1912 pelo barulho de tiros. Ao amanhecer as ruas estavam ocupadas com homens armados e a população não sabia o que estava acontecendo. Horas depois ficou-se sabendo que os tiros foram de um ataque à casa de Olegário de Araújo Pereira, filho do Coronel Firmo de Araújo. Olegário conseguiu fugir pelos fundos da casa juntamente com uma moça. O juiz, Dr. Joaquim Rodrigues Seixas ao receber a informação desta movimentação, dirigiu-se à estação ferroviária e telegravou ao Chefe de Polícia do Estado avisando que a cidade havia sido invadida por um bando de homens armados. O juiz obtive a informação de que as lideranças do grupo estavam na casa do padre Joaquim Cardoso. Indo até lá, conversou com José Barbosa de Castro Júnior e obtive deste uma trégua para que não houvesse mortes. O Dr. Joaquim Rodrigues Seixas dirigiu-se à fazenda da Serra e comunicou ao Coronel Firmo de Araúj
Ecologia No dia 28 de março de 2003 aconteceu no Rio Pomba um dos maiores desastres ecológicos, divulgado em toda a mídia nacional e internacional. Muitos técnicos disseram na época que a fauna e flora demoraria por volta de 10 anos para ser recuperada. Felizmente isto não aconteceu. Meses depois, já existiam peixes e os danos quanto à vegetação não foram grandes. Na época, o governo estadual prometeu ajudar as pessoas prejudicadas e pelo que sabemos, isto não aconteceu. Nas proximidades de Cisneiros existem muitas ilhas e a maioria preservadas. E no município de Palma, as matas nativas são poucas, muitas foram destruídas para fazer carvão. Leia aqui um texto escrito por Deivison Fonseca, nascido em Itapiruçú(MG).
Coronel José Barbosa de Castro Júnior Coronel Zequinha Barbosa O Coronel José Barbosa de Castro Júnior ficou na história de Palma como um político violento e vingativo. Não deixou nenhuma obra relevante. Participou do grupo que assassinou o Coronel Firmo de Araújo Pereira. Depois no comando da política mandou matar seu tio e padrinho, o Coronel Silveira Carvalho. Depois quando precisava de maioria na Câmara Municipal, mandou matar Joaquim Fagundes da Costa Júnior, vereador por Cisneiros.
Fotos de Cisneiros Vale a pena ver o fotolog do Sidney Eduardo Affonso, a montagem de fotos de Cisneiros. Ficou muito bonito. Cisneiros A ponte velha de Cisneiros(Old bridge in Cisneiros)
Guilherme e Simoneax O aparecimento destes dois cidadãos em Palma é desconhecida, o que se sabe é que Guilherme era inglês e Simoneaux francês. Por volta de 1910 tinham amizade com os filhos do Coronel Firmo de Araújo Pereira. Em Miracema, neste mesma época, vários fazendeiros e pessoas ricas, receberam uma carta com uma "mão negra" desenhada e exigindo dinheiro ou seriam assassinadas.
Colaboração para blog Se algum leitor deste blog tiver fotos antigas de Cisneiros, Palma e Itapiruçú e quiser compartilhar -ou textos com informações históricas interessantes - ou quiser sugerir temas, me envie para o e-mail: joaquimricardomachado@gmail.com . Estou sempre on-line no MSN e podem me adicionar: joaquimricardomachado@hotmail.com . Com a colaboração dos leitores é que vamos continuar escrevendo a nossa história!
Firmo de Araújo: o dia-a-dia, a política, amigos e as finanças No livro "Altivo Linhares-Memórias de um líder da velha província" de Mauricio Monteiro, nas páginas 204 e 205 é publicado um relato de Zilda, a neta mais velha do Coronel Firmo de Araújo. Ela conta que ele gostava muito de flores e sua fazenda existiam muitas palmeiras e um belo jardim com rosas e outras flores que trazia de suas viagens, principalmente de Barbacena. Firmo de Araújo fazia política o tempo inteiro. Extremamente leal e fiel aos amigos e companheiros. Firme nos seus atos e atitudes, sua palavra muito valor e sua figura muito respeitada. Em sua fazenda existiam muitas árvores frutíferas e despachava carregamentos com jaboticabas, laranjas, etc, para seus amigos em Palma. Dona Turca, neta de João Rodrigues Soares Justo contava que seu avô grande amigo de Firmo e depois acabou tornando seu genro, recebia também em Cisneiros estes agrados. Sempre no final da tarde, Firmo voltava à sua fazenda. Ia para a
A festa para Firmo de Araújo No ano de 1909, várias matérias foram publicadas nos jornais do Rio de Janeiro, acusando Firmo de Araújo de estar envolvido com quadrilhas de ladrões de cavalos da região. Para reforçar seu prestígio foi organizada uma festa em 01 de junho de 1910. Abaixo é reproduzido a matéria que foi publicada no jornal "A Matta", edição Nº 119 de 01 de junho de 1910: Homenagem ao eminente vulto político Coronel Firmo de Araújo Pereira Palma, hoje, num belo gesto, como quem mostra sobre o peito uma medalha de honroso apreço, digno de um valor nobilitante, o amuleto de uma afeição entranhada, desvela, no salão nobre do paço municipal, que é o seu Patheon, o retrato do Coronel Firmo de Araújo Pereira. É como instituisse ali seus deuses lares. E bem merece essa prova de carinhosa veneração quem, pelo respeito de seu valor tem se constituido o pretetorado de paz deste município. Não é isso obra fácil. Só um punho firme, um impulso seguro na orientação da política m
A Matta No livro de Mauricio Monteiro, "Altivo Linhares-Memórias de um líder da velha provínicia" é reproduzida a capa do jornal "A Matta" de 01 de junho de 1910, quando aconteceu uma festa em Palma em homenagem a Firmo de Araújo, onde compareceram muitos políticos da região. Pelo reprodução, têm-se a informação que o jornal circulava há três anos estava na edição de número 119 e era um órgão de circulação regional. O redator, J. Cornelio dos Santos do qual não temos mais informações. E este exemplar, pelo jeito o único que restou, foi impresso em tecido. Alguma coisa precisa ser feita para preservamos a memória e história do município. Palma teve vários jornais e pouca coisa ficou arquivada.
Firmo de Araújo: vítima de uma conspiração política? Já faz 94 anos que Firmo de Araújo foi assassinado e neste período, surgiram muitas versões. A sua liderança em Palma e região era enorme e ele, pode ter sido vítima de uma conspiração. Quando Wenceslau Braz sendo presidente do estado de Minas Gerais, queria que o Dr. Astolfo Dutra Nicacio o mais votado deputado federal do estado para continuar na presidência da Câmara. Encontrando resistência em Carangola, Firmo recebeu uma carta particular e confidencial, o encarregando da missão de se reunir com partidários daquela cidade e conseguir que o político cataguasense recebesse a votação. Firmo dirigiu-se a Carangola e conseguiu um acordo com os coronéis Francisco Novais e Olimpio Machado e incluindo Olimpio Teixeira para deputado estadual. A missão foi bem sucedida e o prestígio político de Firmo de Araújo aumentou. Nesta mesma época, surgiu uma dissidência entre o deputado federal Silveira Brum e o coronel Vermelho, em Muriaé. O jornal
Indicador econômico A página do INDI-Investindo em Minas Gerais têm informações interessantes sobre Palma. Clique aqui para acessar .
As Minas Gerais Cadastraram este blog no site MinasGerais.net . E com isto fica mais fácil divulgar a história de Cisneiros Palma e Itapiruçú. Tenho recebido e-mails de pessoas do Brasil e do exterior que encontram o blog, usando a busca do Google. O importante é que este lugar maravilhoso onde tivemos momentos importantes em nossa vida e que continua em nosso coração, tenha um espaço na internet.
O café A economia é feito de ciclos e, um destes, o auge da cultura cafeeira proporcionou o surgimento do município de Palma e muitos na região. De 1900 a 1930, este produto trouxe riqueza e progresso. O café era alvo de especulação no mundo e seu preço estava nas alturas, quando aconteceu o "crash" na Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929. O armazém de Cisneiros tinha sido inaugurado há poucos meses e em seguida, o presidente Getúlio Vargas numa ação para tentar recuperar o preço, mandou queimas milhões e milhões de sacas. Onde hoje fica um campo de futebol, perto da Ponte de Ferro, vagões despejavam o café que foi queimado por meses e uma espessa nuvem de fumaça permaneceu por muito tempo em Cisneiros. Após a falência de muitos produtores de café e com muitas pessoas desempregadas, no início dos anos 40, muitas pessoas migraram do município para outras regiões e estados. Isto explica o fato de nos anos 20 Palma ter chegado por volta de 30.000 habitantes e hoje, por volta
O pintor Jorge Duarte Jorge Duarte nasceu em 1958, em Itapiruçú(MG) e é um pintor bastante conhecido no Brasil e no exterior. Bacharel em Pintura e Mestre em História da Arte pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou 12 exposições individuais, dentre elas na Galeria Anna Maria Niemeyer, RJ, em 1992 e 2001, Gallery Maeder, Munique, Alemanha, 1985, Galeria de Arte UFF, Niterói, 1993, Galeria do Poste, Niterói, 1997 e 2001. Entre sessenta exposições coletivas, destacam-se: Bienal de Paris e de São Paulo, em 1985, BR 80 - Pintura Brasil década de 80, Casa França Brasil, Rio de Janeiro, 1991, Rio hoje, Museu de Arte Moderna, RJ, 1989, Como vai você, geração oitenta?, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio, 1984. Leia mais sobre ele: http://www.annamarianiemeyer.com.br/JORGEDUARTE/EXPO%20OBJETOS-2005%20.htm http://www.annamarianiemeyer.com.br/JORGEDUARTE/jorgeduarte.htm http://www.museuimperial.gov.br/programaartes_jorgeduarte.htm
Eleições de 2006 Pelos número do TRE(MG) o número de eleitores em Palma é de 4.989 e teve um comparecimento de 4.232. É bastante alto, devido ao IBGE constar em 2004, a existência de de 6.303 habitantes. O índice de votantes em Palma sobre a população é de 67,14%. Para presidente, Lula venceu com 2.156 votos e Geraldo Alckmin com 1.490. Para governador, Aécio Neves recebeu 2.290 e Nilmário Miranda 1.186.
As eleições de 2004 O prefeito e os vereadores estão no meio do mandato, mas é interessante conferir o link abaixo para verificar os números da última eleição munical. Apuração da eleição municipal em Palma em 2004 Interessante observar que apesar do PT há anos participar do processo político de Palma, nenhum vereador foi eleito por este partido.
Itapiruçú no futebol O zagueiro Zé Carlos de Itapiruçú(MG) foi contratado pelo Atlético Mineiro no final de 2005: Tv Globo Minas . Gazeta do Povo Outro de Itapiruçú(MG) é Jorge Luiz da Costa Pimentel(Jorginho): Fut5sal Planet
O trabalho de pesquisa histórica Para escrever estes artigos no blog, utilizo como base muitos documentos que colecionei de 1986 a 1988. Escrevi muitas cartas para diversos arquivos públicos e bibliotecas – também visitei muitos. Em post no início, agradeci diversas pessoas pela colaboração. E no período desta pesquisa, deparei com muitas dificuldades de obter informações. Naquela época estava sendo organizado o Arquivo Público de Cataguases e recebi o apoio de seu diretor, Jorge Araújo. Neste arquivo encontrei muitos documentos referentes à ocupação das áreas do Capivara e do Arraial Novo(Cisneiros) e onde encontrei a escritura de compra da fazenda pelo Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis. No cartório de Cisneiros, com ajuda da Adelaide Guedes Amorim, descobri muita coisa sobre as famílias e fatos só conhecidos por contarem. Um fato bastante interessante foi encontrar as duas atas de uma comissão para a construção da igreja. O escrivão Antônio Fontes Júnior utilizou este livro para as
"2º Seminario sull'Immigrazione Italiana in Minas Gerais" Acontece neste final de semana em Barbacena(MG) o "2º Seminario sull'Immigrazione Italiana in Minas Gerais" e virou notícia na imprensa italiana . Nilza Cantoni me passou esta informação. Estou para escrever artigos sobre a imigração italiana em Cisneiros, Palma e Itapiruçú, mas me falta dados.
A colaboração de Sidney Eduardo Affonso O Sidney Eduardo Affonso que sempre está colaborando com o blog, agora está com novo fotolog e com várias fotos de Cisneiros . Veja outras fotos já publicadas: Praça Antônio Finamore A Igreja de Cisneiros As casas dos Finamore e Fagundes Em junho passado, Sidney visitou Cisneiros, terra natal de seu avô Custódio Alves Affonso(Tote), quando fez estas belíssimas fotos. Leia também os textos do Sidney neste blog: Alves Affonso, as cruzadas e as palavras Os Finamores que conheciam o futuro Cisneiros Vale a pena conferir. Obrigado, Sidney Eduardo Affonso e, quando fôr possível, nos envie material. Todos os cisneirenses nativos e de coração agradecem.
Preservação do patrimônio Já foi comentado no orkut, na comunidade "Eu amo Cisneiros", o fato do brasileiro não se preocupar com a preservação do patrimônio público e citado que no Japão, construções de mais de 500 anos estão em excelente estado de conservação. No Brasil, infelizmente, patrimônio público quando gera lucros econômicos é de poucos. Quando demanda gastos, é de ninguém. E com o tempo, tudo é destruído. Em Cisneiros, os exemplos são: a Estação de Cisneiros e o armazém de café. A ferrovia em toda a região com poucos trechos em funcionamento, hoje é utilizada somente para transporte de cargas. Os trilhos que existiam dentro de Cisneiros foram arrancados. A guarita que existia perto da ponte, depois de diversos saques, foi demolida. Atualmente existem várias casas naquele trecho que vai em direção à ponte. Os trilhos desapareceram. A ponte ainda é transitável devido aos diversos prachões colocados por Joaquim Batista Ferreira.
Os boêmios Cisneiros também teve seus boêmios e um deles, o Washigton(irmão da Dona Zica). Ao aposentar-se no Rio de Janeiro, voltou para a terra. Muitos outros que frequentavam quase diariamente os bares do Muri e do Zé Mariquinha: José Domingos, Sérginho, José Roberto, Jairo e muitos outros. Este grupo sempre participava de todas as festas e eventos. Com o tempo, o grupo diminui, mas alguns membros ainda continuam por lá. A animação ficava maior, com a vinda de cisneirenses que moravam em outras cidades.
Família Araújo, os pioneiros Após o coronel Firmo de Araújo ser assassinado ocorreu uma perseguição a seus familiares e correlegionários. Seus descendentes mudaram do município e muitos não mais voltaram a Palma. Uma de suas filhas, Amélia Araújo foi casada com o capitão João Rodrigues Soares Justo(sobre ele escrevo vários posts do blog), que ao fugirem foram para Juiz de Fora e depois Barão de Cocais e Pará de Minas, onde exerceu os cargos de escriturário da estrada de ferro e professor. A última foto que os parentes de João Justo receberam foi em 1925, depois algumas cartas e aos poucos perdeu-se totalmente o contato, até o seu falecimento em 1944. Não tenho certeza disso, mas pelo que sei, o único que tinha parentesco com Firmo de Araújo e que permaneceu em Palma foi Jeremias de Araújo, seu secretário e tem até hoje uma enorme descendência. Firmo de Araújo teve muitas mulheres e muitas delas conviviam na mesma casa em harmonia. Depois de uma decepção amorosa, onde os seus pais e da
As lembranças A história de um povo é feita com o que fica registrado nas pedras, papéis e mais ainda, na memória das pessoas, as suas lembranças. Embora a nossa memória seja falível, também como os registros, a riqueza de detalhes, as ligações, faz com que este estudo seja fascinante e emocionante. Um hábito antigo que estamos perdendo nesta época de tecnologia é o de contar histórias. Todos nós, quando crianças e acho que todas as crianças adoram ouvi-las. É uma maneira de sairmos do nosso dia-a-dia, afastar um pouco de nossos problemas e viajar num mundo fascinante de aventuras e medos. Os fantasmas, a mula-sem-cabeça, os heroísmos de nossos antepassados. E a criança fica ali, como que hipnotizada. Sempre é mais interessante ouvir do que contar histórias. E nossos avós, pela experiência de vida, são os mais interessantes de se ouvir os relatos. Coisas de um tempo que não existe mais. Ainda lembro, um de meus avôs contando da época de criança, os banhos nas cachoeiras, o trabalho no
Curiosidades Cisneiros – 5 - Quando estava sendo construído o armazém da CASEMG, no final de 1928, uma pessoa morreu soterrada. - Anos atrás, não sei precisar o ano, ocorreu um grave acidente na estação de Cisneiros. Várias embalagens de ácido sulfúrio romperam, deixando muitas pessoas feridas.
Eleições Como já escrevi em posts anteriores, as eleições sempre foram bastante disputadas em Cisneiros, Palma e Itapiruçú. E nesta disputa, acontecem muitos fatos engraçados, como daquele candidato num comício que disse que "a situação estava tão ruim, mas tão ruim, que o povo não tinha mais mingau para fazer fubá". Uma candidata a vereadora, falando da conservação das estradas disse que se eleita "ia mandar abrir novas e tampar o buraco das véias". E numa eleição no município, aconteceu de um casal serem candidatos a vereador. Antes da votação combinaram de um votar no outro. Na apuração a esposa recebeu cinco votos e o marido nenhum. Isto foi motivo de muitas piadas. Eleição vem, eleição vai. Muitas promessas, muito bate-boca. E as coisas continuam praticamente do mesmo, senão, pior.
Quatro meses: fim de uma etapa Esta semana o blog vai completar quatro meses. Neste período escrevi, descobri e recebi a colaboração de muitas pessoas. Tenho certeza de que o trabalho foi além do que imaginava que seria possível. Daqui para frente só escreverei de vez em quando, podendo retornar se conseguir material inédito. Com a falta de assunto, passamos a repetir e isto não é bom. O importante é que muita coisa sobre Cisneiros, Palma e Itapiruçú está na internet. Obrigado a todos pela colaboração!!!
Dondoca's A Ana Cristina que participa da comunidade "Eu amo Cisneiros" faz acessórios e os vende na PUC-Rio e outros lugares. Saiu até uma matéria na VejaRio na coluna Boas Compras . Existe também um site .
A origem dos nomes: Palma e Cisneiros Foi dado o nome à cidade o nome de Palma por existirem várias palmeiras na rua onde foi instalada a prefeitura. Segundo a etimologia "palma" da mão originou de palmeira, pois a mão aberta e com o dedos esticados, se parece com uma palmeira. A palavra palmatória, significando o instrumento de punição muito usada nas escolas antigamente, vem do latim, onde "palmatoria", significa palmeira. E desta árvore, fazia-se a "palmatoria ferula", varinha usada para aplicar castigos físicos. E Cisneiros, foi uma homenagem ao médico e senador, Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis. Agora a origem do nome da família Cysneiro é bastante antiga e viviam em Portugal e Espanha. E como se deduz pelo próprio, no início deviam ser criadores de cisnes. O estudo da etimologia é muito interessante. Através dele, conseguimos explicação para muitas coisas.
Andarilhos e ciganos Hoje praticamente não passam por Cisneiros, Palma e Itapiruçú, mas anos atrás, existiam muitos andarilhos e ciganos por estes lugares. Muitos dormiam nas estações de trem e em outros prédios abandonados. Os adultos assustavam as crianças, dizendo-lhes que não obedecessem iam entregá-las aos andarilhos ou ciganos. E as crianças, como morriam de medo. Segundo minha avó, Dona Turca, antes do governo Getúlio Vargas existiam mais andarilhos. E isto devido ao fato de não haver amparo social do governo por um acidente ou doença. Após ser instituida a aposentadoria, muitos passaram a ter uma vida mais digna. Muitos andarilhos que passavam por Cisneiros eram conhecidos da população. Existia um, que passava de vez em quando e tinha um monte de filhos e cachorros. Os ciganos vinha até Cisneiros e Palma, mas a maioria preferia Itapiruçú pelos espaços vagos onde acampavam. E faziam negócios com produtos que fabricavam usando o cobre e também, gostavam de barganhar com cavalos.
Ainda sobre a Adelaide Guedes A Adelaide Guedes, tanto neste blog como na comunidade "Eu amo Cisneiros" é lembrada por tudo que conseguiu e tentou fazer por Cisneiros. E ela fez muito. Apesar de todas as dificuldades, ela ia atrás e conseguia que suas idéias se transformassem em realidade. A realização da exposição agropecuária deveu-se a sua insistência, a festa da fundação e da ordenação do Padre Neto e muitos outros eventos na igreja, escola e comunidade. Exercia o cargo de escrivã e trabalhava na escola como inspetora de alunos. Muito severa e sempre impunha respeito aos alunos. Uma pessoa que dedicou toda sua vida a educar e ainda promover a integração dos cisneirenses ausentes e presentes, merece o respeito e a nossa lembrança e homenagem. Já disse isto antes, o resultado deste blog também deve muito a ela. Quando comecei minha pesquisa, me incentivou e ajudou com dicas e colocou à disposição os documentos do cartório. E ao fazer muitas descobertas, sempre acrescentava
Conversar sobre política Quando morei em Cisneiros, estudei em Palma. E era um prazer enorme conversar com as pessoas sobre política. O povo palmense é bastante politizado e, acredito que ainda o é. O Luiz Fernando, chefe dos Correios, embora na época não tivéssemos as mesmas idéias, era uma pessoa bastante agradável para conversar sobre os mais diversos assuntos. O Zelito, sempre pela rua Dr. Victor Ferreira, fazendo política o ano inteiro. O Boroto, naquela época trabalhava no bar do Tonico e tomando um "Mineirinho" debatíamos sobre a política municipal e nacional e, sempre ele contava as suas inúmeras piadas políticas. E sem contar o Niecio, a sua casa ficava perto da escola. E quando a aula acabava um pouco mais cedo, passávamos lá e o assunto era sempre o PT e ainda um sonho, Lula ser presidente. Outro que acreditava muito na força da política, José Eduardo dos Santos, vereador, que fez um excelente trabalho na Câmara Municipal. Escrevi um artigo sobre ele no jornal &quo
Curiosidades sobre Palma - 2 -O primeiro nome de Palma foi Capivara e é o mesmo do ribeirão que passa pela cidade. Este nome é devido ao fato de no início da povoação, existirem muitas capivaras. Depois mudaram para Palma, porque existiam muitas palmeiras na rua próxima onde hoje está a prefeitura. -A principal família da cidade: Paula. Estão presentes desde o início da povoação. Quase todas as famílias do município tem ligação com esta família. -O estrada de Laranjal à Palma foi asfaltada em 1984, depois de muitos anos de promessas de diversos políticos. Anos depois, o trecho de Palma a Miracema também foi asfaltado. E as estradas de terra e ruins, impossibilitaram a cidade de aproveitar, o grande crescimento ocorrido no país, nos anos 70.
Os sub-delegados Um subdelegado de polícia de Cisneiros ficou conhecido pela sua observância da lei. Não permitia bêbados nos bares pertubando. Um negro viciado no álcool, anos depois, só em ouvir o nome deste subdelegado, de tanto medo, chegava a chorar. Certa vez, um garoto, de uma família negra morreu afogado no Rio Pomba. Ao inspecionar o corpo nas margens do rio, percebeu que somente a sola do pé deste estava roída. Estavam presentes muitos parentes da vítima e o subdelegado olhou e disse: "olhem, negro não vale nada, os peixes só roeram a sola do pé porque é branca". Os parentes ficaram furiosos, mas não disseram nada. Afinal conheciam o racismo e a ferocidade do sub-delegado. Outro sub-delegado, recebeu a denúncia de um roubo de galinhas. Foi até a casa do acusado e encontrou o produto do roubo. Obrigou o ladrão a colocar péia nas galinhas e pendurar em um bambú e sair à rua e parando de casa em casa e perguntar se queriam comprar galinha roubada. A cada parada levava
C ontemplando da janela a paisagem I mpressiona a tranquilidade das ruas S ó quebrada pelo barulhos dos cascos dos cavalos nos paralepípedos N o amanhecer aquele cheiro de café torrado e moído na hora E sperando chegar do curral o leite, também tirado na hora I r à tarde tomar banho no Rio Pomba R etornar decepcionado, a roda d’água parada, enferrujando O trem ainda passa, mas não tem a magia do passado S eguindo pela trilha, passo a ponte de volta
Final de ano em Cisneiros Naqueles anos 70 e 80, os finais de ano em Cisneiros eram divertidos. Era uma época de re-encontrar os parentes e amigos que moravam longe. Tempo de muito calor. De pessoas tomando banho no Rio Pomba, perto da Roda d’água. À noite, quando ainda não existia a pracinha, o bar do Zé Mariquinha e do Muri lotados. De pessoas alegres, muitos carros. E aquelas chuvas de verão. Ir ver a árvore de natal, naquele barranco. E no dia de natal, a distribuição de brinquedos para as crianças na estação do trem. As festas acabavam e ficava-se na expectativa do ano seguinte.
Desafio de Palma: a economia Conversando com as pessoas de Palma e Cisneiros, percebe-se um desânimo quanto ao futuro. E um dos principais fatores é a economia, atualmente baseada na pecuária leiteira. O preço pago por litro de leite ao produtor está muito baixo. E os negócios com gado de corte, cada vez menor. A área dedicada à agricultura diminiu a cada ano que passa. O êxodo rural iniciado nos meados dos anos 80, hoje praticamente não existe, pois os que ainda dedicam a atividade rural, na maioria moram em Cisneiros ou Palma. O município que já chegou a ter por volta de 30.000 habitantes, atualmente está por volta de 6.000 e a cada ano que passa, mais pessoas migram para outras regiões. As lideranças do município precisam dar atenção a este problema. Comentam que o município vai perder a Comarca, pois não justifica ter juiz e promotor e toda uma infra-estrutura para atender poucas pessoas. Se não forem todas medidas e procurarem uma saída para a economia em poucos anos, não existirá
Curiosidades sobre Palma - 1 -O Sr. Antônio Agrícola foi tipógrafo, jornalista, músico, teatrólogo entre outras funções. Publicou por muitos anos, o jornal "A Defesa" que teve seu auge nos anos 50, quando Zequinha Roldão era prefeito. Foi um dos fundadores do TAP(Teatro Amador Palmense). -O Doutor Astolfo Vieira de Rezende, advogado de Cataguases, veio para Palma em 1892 e fundou o jornal "Correio da Palma", que combatia o governo do Marechal Floriano Peixoto, cujo partido pertencia o Coronel Firmo de Araújo Pereira. Depois de eleições disputadíssimas, voltou para Cataguases, em 1895. -A principal rua de Palma, hoje calçadão, tem o nome de Dr. Victor Ferreira. Clinicou na cidade por muitos anos e formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Lembranças de Itapiruçú Tenho de minha infância muitas recordações de Itapiruçú. Muitas vezes fui lá com meu avô Ricardo, já velho e com os cabelos brancos. Depois de receber a aposentadoria ia fazer suas compras. Voltava com um saco branco, daqueles de açúcar, cheinho e não esquecia nunca de me comprar um suspiro. Era freguês do Jairzinho e José Jairo e, a venda destes era tão cheia de mercadorias que não sobrava espaço para o freguês entrar. Meu outro avô sempre me levava para cortar o cabelo no Roque Barbeiro. Já bastante idoso e com as mãos trêmulas. Mas mesmo assim trabalhava de manhã a noite. E ao cortar o cabelo, de vez em quando parava indo até a porta para cumprimentar um conhecido ou cavaleiro que passava. E recordo também da enorme máquina de beneficiar arroz do Geraldo Simões. Meu avô passava sempre para pegar farelo e arroz pilado. E em minha memória, lembro também dos ciganos que ficavam acampados naquela praça de frente onde o Roque tinha sua barbearia. E a ferraria do Z
Curiosidades sobre Cisneiros – 4 -Custódio Alves Affonso, avô do Sidney Eduardo Affonso, mais conhecido por Tote gostava muito de palavras cruzadas. Participava de concursos e chegou a ganhar vários. Usava o pseudônimo de "Cysneirense". -Muitas casas, do local mais conhecido por Campo, na saída de Cisneiros para Palma tiveram a eletrificação somente em 1984, por iniciativa do prefeito Mário Celso e seu vice, Mário Lúcio Guedes(Lucinho). -A queima do café, descrita na monografia publicada em post anterior, realizada nos terrenos de Caetano Guedes, ficava do outro lado da Ponte de Ferro. Hoje no local existe um campo de futebol. Apesar do tempo, a terra ainda é negra. Dizem que a nuvem de fumaça permaneceu por vários meses, sendo vista há quilômetros. E todos os que trabalhavam na queima, na saída, tinham seus bolsos revistados. -A maior enchente que ocorreu em Cisneiros - a de 1979. A chuva começou após o Ano Novo e permaneceu até a metade do mês de fevereiro daquele ano. A ru
Cisneiros como tema Já escrevi diversas vezes, que fazer este blog está sendo muito gratificante. E fico surpreso com as descobertas sobre Cisneiros. Muita coisa que se não fosse o Orkut e este blog, jamais ficaria sabendo. Thaís Fernandes Vianna de Moraes contou que participou com um texto no Festival Barra Shopping de Teatro, no Rio de Janeiro, com histórias sobre Cisneiros. E texto era tão bom que ficou em 3º lugar. A sobrinha da Dona Namir Gonçalves, Fabíola Espósito Gervazio, fez um trabalho de faculdade usando como tema Cisneiros e chegou até a ganhar um prêmio. Acredito, que existam outros trabalhos nas mais diversas áreas. Se o leitor deste blog souber de outras iniciativas, escreva para ser divulgado pelo blog.
Enganos O blog é algo dinâmico. A informação aparece, o texto é redigido e imediatamente é publicado. E muitas vezes, acontecem enganos. Para uma pesquisa história ser bem sucedida é necessário muito trabalho, principalmente de conferência e análise das informações. Mas num blog, embora os artigos são publicados com critério, isto não é possível de ser realizado. Sempre estou atualizando e corrigindo os enganos que encontro. Muitos passam e conto com a colaboração dos leitores para que este trabalho fique melhor a cada dia. E vamos continuar pesquisando e escrevendo a maravilhosa história de Cisneiros, Palma e Itapiruçú.
Monografia sobre Palma Ontem, Beto Metri me enviou uma monografia sobre Palma escrita por José Marinho de Araújo, publicada no jornal "A Defesa" do Sr. Antônio Agrícola na edição de 13 de abril de 1952 que abaixo está transcrita: MONOGRAFIA HISTÓRICO-COROGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE PALMA Autor: José Marinho de Araújo Jornal - A DEFESA de Antônio Agrícola Palma, 13 de abril de 1952 TÍTULO PRIMEIRO DEVASSAMENTO DO TERRITÓRIO Capítulo I PENETRAÇÃO NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO Por detrás das serras, cujo perfil era visto do litoral fluminense, viviam os índios Goianazes, donos e senhores da terra. Terras do Brasil que engatinhava. Os portugueses, estabelecidos junto à Baía da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, tinham compreendido muito bem da necessidade imperiosa de se estabelecer meios de comunicação e medidas que facilitassem o acesso ao interior desconhecido. Esse interesse bateu às portas do Governo Imperial, tão desejosos em dilatar os domínios da Coroa Portuguesa. Uma de