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Mostrando postagens de agosto, 2006
Angaturama A pesquisadora Nilza Cantoni, enviou um e-mail ontem com o seguinte texto: Na nossa incipiente formação republicana, um dos pontos de atrito entre a velha e a nova ordem foi representado pela valorização da língua de nossos primeiros habitantes. Lendo Nelson de Sena ou Teodoro Sampaio dá para entender um pouco das escolhas realizadas quando da substituição dos topônimos. Por outro lado, observa-se uma certa intolerância religiosa em algumas leis que determinavam o abandono dos nomes de invocação católica. Segundo Joaquim Ribeiro Costa em Toponímia de Minas Gerais, muitos foram os motivos para a mudança nos nomes das localidades. Uma delas foi a necessidade de "encurtamento de nomes longos"(pág. 128). Outro motivo relevante para o nosso interesse foi a duplicidade, muitas vezes escamoteando posições contrárias ao devocionismo dos primeiros habitantes. Assim é que Nossa Senhora da Piedade tornou-se Piacatuba, Bom Jesus do Rio Pardo passou a chamar-se Argirita, Nossa
RIO POMBA Serpenteando vales e brenhas, Num rumor constante segue o caminhante da lua e do sol. Segue altaneiro!tão sombraceiro! Rigando e ornando todo arrebol Fonte dos banhos das andorinhas. Fonte e espelho,dádiva é tê-lo Dádiva augusta de terra minha! E o doce sussurro das cachoeiras?! Na cheia é mar bravio calmo e gostoso no estio Quando maduram os ingás às ribeiras. Chamam-no traçoeiro,mas que bom é pescar E em suas águas remar! E o peixe fresquinho comer sorrateiro. Oh! você é meu rio risonho Da linda paisagem cisneirense, Que no verão,inverno,sempre,sempre É o POMBA das pombas de um sonho! Newton de Souza Este poema do Newton de Souza foi publicado em um tópico da comunidade "Eu amo Cisneiros" por Rosane Guedes de Souza
Curiosidades sobre Cisneiros – 2 -No post "Curiosidades sobre Cisneiros – 1", escrevi que a primeira rua com calçamento foi a da perto da estação do trem. Mas na verdade, a primeira rua, foi a da subida à igreja. -Por volta de 1984, funcionou em Cisneiros uma pequena fábrica de confecções, no galpão em frente à venda do Sr. Antonio Pinto e, era de seu genro José Pacheco. -Quando a principal atividade econômica era a produção de arroz, em Cisneiros funcionavam duas máquinas de beneficiamento de arroz. A de Olinto Igreja e a do José Vitório. Em Itapiruçú, existia a de Geraldo Simões, que também foi vereador por aquele distrito. -Em 1986, houve tentativas de encontrar ouro no rio Pomba, próximo a Cisneiros. Durou pouco e disseram que encontraram pouco coisa e também houve protestos, sendo algumas balsas apreendidas pelo uso irregular do mercúrio. Houveram reclamações, devido os garimpeiros beberem muito e, ficarem fazendo bagunça na rua até tarde da noite.
Vicentinos Em Cisneiros existiu por muito tempo, um grupo de Vicentinos. O objetivo era ajudar com alimentos e remédios as pessoas mais carentes e fazer visitas a doentes, asilos e presos. As reuniões aconteciam semanalmente na igreja e depois passou a ser no Salão Paroquial. Os vicentinos mais atuantes: Josélia Pires, Zeca Lima, Ada Lima, Ione Lima, Joaquim Pereira e Dona Jotinha.
As exposições Foram cinco exposições que aconteceram em Cisneiros, de 1979 a 1984 e, realizada no mês de maio. O evento ficou marcado na memória e em fotos. Analisando, depois de tantos anos, vejo a determinação e força daquelas pessoas que organizavam e realizavam esta festa. Em todos estes anos, os da comissão de frente eram: Domingos Guedes, Mário Lúcio Guedes(Lucinho) e Adelaide Guedes Amorim. Acontecia o Concurso Leiteiro e durante os quatro dias a disputa para ver qual vaca produzia mais leite. As barracas com comidas fartas, muita bebida, jogos, diversões para todas as idades. No domingo à tarde, acontecia o desfile dos alunos da escola estadual "São José" e também de soldados do Tiro de Guerra de Miracema. Os desfiles dos alunos acontecia com carros enfeitados e a cada ano dedicado a um tema. As pessoas dedicavam com vontade e a cada ano, melhorava a qualidade. E no encerramento, eram entregues os troféus e prêmios aos vencedores do Concurso Leiteiro e acontecia um ba
O que faz Cisneiros tão especial? Ter a possibilidade de conhecer todos seus habitantes. O silêncio que é possível ouvir o canto dos pássaros. Poder ficar na pracinha assistindo TV e bater papo até tarde, sem se preocupar. Ver e andar de carro-de-boi. Passar pela ponte sem medo do trem vir. Escutar o sino tocar às seis horas da tarde em ponto. Ouvir os comunicados importantes pelo auto-falante. Saber dos últimos acontecimentos pelos seus moradores. Aquele jeito todo cisneirense de contar histórias. A cerveja sempre gelada no bar do Zé Mariquinha. Não atender celular, nem acessar a internet. Estar num tempo que não existe mais. E tantas outras coisas ...
Curiosidades de Cisneiros - 1 - Quando Cisneiros não tinha calçamento, ali perto da onde hoje fica a Praça Antônio Finamore, existiam várias árvores, onde as pessoas que vinham das roças, deixavam amarrados seus cavalos. - A primeira rua de Cisneiros a ter calçamento de paralepípedos foi o trecho de frente a venda do Sr. Jamil Jorge Salum, casa da estação, açouge do Carlinhos Guedes e casa do Filinho Finamore. Não consegui precisar a data que foi realizado, mas por volta de 1970. - E em 1986, o calçamento começou a ser executado. Surgiu então, boatos de que seria proibido a circulação de carro-de-boi nas ruas, para não estragar o calçamento. E boatos, sempre circularam em Cisneiros. - Um tradição que continua sendo preservada é o comércio. Em Cisneiros nas vendas, você pede a mercadoria no balcão. Na farmácia do Evaldo de Souza Lima, também.
Histórias nas fotos Os chineses já diziam há milhares de anos: "uma imagem vale por mil palavras". E isto pode-se dizer das últimas fotos publicadas no blog e enviadas por Denis Medina Guedes. Invocou um tempo bom que não volta mais. A primeira, Lucinho entrega a Filinho Finamore o certificado de premiação do Concurso Leiteiro. Quem se lembra de como era acirrada a disputa para ter a vaca que produzia mais leite? Os que sempre concorriam: Wiliam Nogueira, Filinho Finamore, Jair Lima, José Roberto Lima, Vicente Gonçalves, José Gonçalves e outros fazendeiros. O palanque desta premiação sempre montado em frente a caixa d’água da ferrovia, próximo ao Bar do Zé Mariquinha. A segunda, a foto dos cartazes da campanha de Mário Celso para prefeito e Mário Lúcio(Lucinho) para vice-prefeito. Em 1982, o PT participou em Palma também da primeira eleição municipal, tendo como candidato à prefeito, o mais conhecido por Touro. A terceira, da famosa enchente do Rio Pomba em 1979. O rio encheu
Três meses!!! Amanhã vai fazer três meses que iniciei a publicação deste blog. No começo, achei não ter fôlego para ir muito longe. Embora tivesse pesquisado a história de Cisneiros, Palma e Itapiruçú por anos, acreditava que o tema era restrito e não teria grandes novidades a apresentar e descobrir. E, hoje vejo o quanto estava enganado. A cada semana podemos ver o progresso. E isto tem sido possível com a colaboração dos leitores. Devo ir a Cisneiros no mês que vem, onde pretendo fazer algumas entrevistas. Várias pessoas já deixaram depoimentos e fotos para serem publicados. Em setembro, com certeza, teremos muitas novidades. Escrever este blog está sendo gratificante pelos e-mails e mensagens que recebo. Muito bom saber que as pessoas se emocionam ao ler sobre seus antepassados e passam a se interessar mais por Cisneiros. E mais uma vez, não posso deixar de agradecer aos colaboradores assíduos deste blog: Ana Clara Fagundes Finamore Frederic e Sidney Eduardo Affonso. E vamos continu
Antigo colégio de Cisneiros Não foi possível determinar a data em que esta foto foi tirada. Agradeço a Denis Medina Guedes que enviou a foto
Fotos antigas Premiação da Exposição de Cisneiros. Da esquerda para direita: não reconhecido, Afonso Ferreira Leite, não reconhecido, Filinho Finamore, não reconhecido, Vinícius Finamore, Mário Lúcio Guedes, Jamil Jorge Salum e Domingos Guedes. A data não foi identificada, mas deve ser entre 1979 e 1984. Mário Celso e Mário Lúcio Guedes(Lucinho), campanha para prefeito de 1982. A famosa enchente de 1979. Foto tirada da varanda da casa de Mário Medina. Em pé da direita para a esquerda: Mário Lucio Guedes, José de Freitas Pinto, Élcio Macenes Silva, Teófilo Rodrigues Pinto, José Antinareli. Sentados da esquerda para a direita: Erotides Pereira Afonso, Jamil Jorge Salum, José Barbosa Sobrinho e Geraldo Simões. A data não foi identificada, mas deve ser entre 1974 e 1982. Agradeço a Denis Medina Guedes que enviou as fotos.
O louco que matava Faz muito tempo. Num sítio tinha um rapaz tinha o sonho de se tornar um astro da música sertaneja. Batalhou muitos anos para aprender a tocar e cantar, mas lhe faltava o talento. E acabou apresentando sinais de desequilíbrio mental. O fato foi comunicado à polícia de Palma e destacado dois soldados para o conduzirem a um hospital para tratamento, quando apareceu dois cisneirenses dizendo que isto seria desnecessário eles mesmo iriam até o sítio e levariam o rapaz. Os dois corajosos cisneirenses foram até o sítio e o rapaz estava agachado no terreiro. Desceram do carro e ao se aproximarem, o rapaz levantou a cabeça e disse: "quer ver como se mata um homem?". Os dois ficaram apavorados e correram de volta para o carro. Ligaram para polícia e pediram os soldados. Este fato foi motivo de piadas por muito tempo.
As brigas no futebol Aquele campo que fica próximo da Ponte de Ferro foi fechado várias vezes por motivo de brigas. No final dos anos 70, aconteciam jogos todos os domingos. Tinha até uma barraca para venda de bebidas debaixo de uma árvore, do Manoel Costa. Num partida contra o time de Campelo aconteceu uma briga, onde choveu pedra e, sairam algumas pessoas feridas. O campo foi fechado por vários anos. Em 1984, devido a distância do campo do Filinho Finamore, foi aberto novamente. Correu tranquilo por um bom tempo até que em um sábado aconteceu um discussão entre os jogadores. Um deles, furioso foi embora e o jogo continuou. Minutos depois aquele jogador que tinha ido embora voltou com uma espingarda. Pânico geral. Era jogador correndo para tudo quanto é lado. Alguns de tanto medo se feriram ao passar pelas cercas de arame farpado. O jogador com a espingarda na mão e gago, dizia: "queeeeemmmm fooooor hoooomemmmm qqqqqquuuuueeeeee fififififica naaaaa freeeeente". Em seguida o
Comentário interessante Aparecida de Fátima Antunes Pacheco deixou um comentário interessante, onde divulgo meu outro blog. Como sei que às vezes, muitos leitores não tem o hábito de ler estes comentários, publico na integra: Fiquei emocionada em ver uma comunidade sobre nossa inesquecível cisneiros.Minha fámilia é de lá...nasci em cisneiros,e vivi até os tres anos de idade nessa terra maravihosa...Retornei muitas vezes...Acho que encontrei parentes,pois Ercília e Jacy referido nos comentáris são meus parentes.Ercília é sobrinha de minha mãe(já falecida)Arminda Antunes Pacheco.Sou sobrinha da Ben-Ben...O pai da Ercília,tio Pedro...era irmão da minha mãe.Sou afilhada da Totinha...prima do Orlando que mora em Muriaé,M.G...Tenho tambem parentes em Palma...Tia Cassinha,mãe da Elinéia e Sidneia...Gente...estou muito emocionada...gostaria muito de encontrar o restante de minha família...Alguem me ajude,por favor...Moro em Miracema,Estado do Rio de Janeiro...Sou irmã do José Pacheco,Jurandir,
Apanhou por engano Um dia, o Frederico, filho do Walter Finamore sumiu. E meu tio Marcelo era muito parecido com ele quando pequeno, a ponto de serem confundidos. Depois de muito procurar e não encontrar, Walter Finamore estava aborrecido, quando avistou um menino que pensava ser seu filho. Não deixou por menos, começou a brigar e a bater nele. Depois de muito bater, olhou no rosto do menino e percebeu o engano. Embora tivesse causado transtorno e dor, hoje provocou grandes gargalhadas. E Marcelo mesmo diz: "o Sr. Walter na época podia não saber porque me batia, mas eu sabia porque apanhava, pois sempre fui um menino travesso". Daniela Fialho Barreto
Histórias de crianças Conversando com meu pai meu pai, perdemos horas relembrando algumas das velhas histórias de seu tempo de menino. As que mais me encantaram foi a da malhação ao Judas, quando ele e alguns meninos saiam para recolher alguns objetos. Dividiam em dois grupos e, um deles foi para o lado oposto, e estava um dos filhos do sr. Olinto Gonçalves. O grupo em que estava meu pai resolveu entrar e pegar algumas laranjas. Ao se reencontrarem foram saboreá-las e o filho do Sr. Olinto, na segunda laranja exclamou: "ué, estas laranjas tem gosto lá de casa". E todos negaram. Ao terminarem de chupar, não aguentando mais a vontade de rir, disseram que realmente tinha gosto mesmo da sua casa. E todos cairam na gargalhada. Daniela Fialho Barreto
Concorrência dos pães A padaria do Delinho em Cisneiros existe há mais de 20 anos. Inicialmente funcionava no prédio do lado da casa do Evaldo de Souza Lima, farmacêutico. Depois mudou para um prédio atrás do bar do Muri e, por último no prédio em frente a Praça Antônio Finamore. Por volta de 1983 existiam duas padarias em Cisneiros e como a clientela não era muito grande, iniciou-se uma verdadeira disputa pelo mercado. Os pães maiores e mais bonitos e, com uma variedade muito grande. Inclusive existiam vendedores nas ruas e nos sítios próximos do povoado. E os vendedores ofereciam pão fresco várias vezes durante o dia. Mas em poucos meses ficou somente a padaria do Delinho.
Cheiro de manga Minha maior lembrança de Cisneiros é essa: manga. Aos montes. Como sempre íamos nos férias e era época de manga, ir a Cisneiros significava nos fartar de manga - e sem minha mãe regulando se tínhamos tomado leite, comido queijo, passado manteiga no pão (naquela época, qualquer coisa que tivesse leite misturada com manga matava - menos em Cisneiros, eu suponho). É estranho ir a Cisneiros e não sentir o cheiro de manga ubá (carlotinha) no ar. Sidney Eduardo Affonso
Depoimentos sobre Cisneiros Depoimentos como o de Daniela Fialho Barreto e Ana Clara Fagundes Finamore Frederic, enriquecem cada vez mais o conteúdo da comunidade "Eu amo Cisneiros", como também do blog. Cisneiros é um lugar pequeno mas que fica marcado na mente e no coração de quem nasce lá, ou conhece por intermédio de um amigo ou parente. E este trabalho de contar as histórias e resgatar a memória é muito importante para se identificar como povo. É ter orgulho de um lugar onde não somos apenas mais um. É um lugar onde seu pais, avôs e até bisavôs são lembrados com muito respeito e carinho. Estas lembranças: fragmentos de acontecimentos, o sabor das comidas, um causo, uma brincadeira, são elementos da história da nossa história.
Vendedor de limões e laranjas O Jaques Titonelli escreveu no orkut que esteve no com o Zé Mariquinha neste final de semana e este o contou da época em que eu vendia limão, do sítio do meu avô Joaquim Batista e, ficava com o dinheiro. Isto é verdade, desde garoto meu avô me incentivava a aprender trabalhar. No início as vendas eram divididas meio-a-meio e, depois de um tempo passei a ficar com todo o faturamento. Além de limão, de junho a setembro, vendia laranjas e os melhores fregueses a Leni, esposa do Josias Gouvêa; o Elias, filho do Sr. Jamil e também o Zé Mariquinha. Bons tempos aqueles!
Eu amo Cisneiros por Daniela Fialho Barreto Falar de Cisneiros é um grande orgulho para mim, pois lá é a terra do meu pai, e de lá que tenho as grandes recordações de minha vida, foi de lá que muitas vezes tirei forças para continuar a seguir, e de lá que falo para o meu marido sobre o que é um lugar para viver e se criar filhos. Conto sobre liberdade e vida e daí conto histórias para o meu filho sobre ser realmente uma criança feliz, como não lembrar das tardes incansáveis de bingo na casa da minha vô Nega, das doces bagunças no quintal, correndo atrás das galinhas, ou se não, subindo no pé de cajá, jabuticaba ou da fruta que estivesse lá no pé prontinha para ser deliciada sem nenhuma contaminação. Ou dos jogos de vôlei no velho armazém, aquele café da manhã maravilhoso regado a café-com-leite, manteiga puríssima, queijo e o velho famoso pão tatú quentinho. Ou então o ki-suco na hora do almoço com inesquecível macarrão da vovó. Caramba quantas lembranças. Com certeza quem passou por l
Newton de Souza Quem não se lembra do Newton de Souza? Uma pessoa de bem com vida e como adorava Cisneiros. E sempre participava dos eventos, não deixando de colaborar. Em posts anteriores é publicado dois poemas que fez quando foi para Manhuaçú trabalhar e teve que deixar Cisneiros, sua terra querida. Newton de Souza, um cisneirense que deixou saudades!
SEMPRE CISNEIRENSE Uma curva ao longe Traga a visão de meu berço E uma dor tão forte Em meu peito tem começo Uma lágrima quente Sinto rolar num impulso E sem conter o pranto Choro alto e soluço Meu lencinho branco Nesta curva tão fatal Agito-o num aceno Adeus meu berço natal Adeus capelinha branca Adeus Rio Pomba altaneiro Adeus, ó meu pé de jaca Adeus meu lindo CISNEIROS! De ti lembrarei constante Pois você me viu nascer Serei sempre cisneirense E aí irei morrer. Newton de Souza 03/05/1971 Agradeço a Sergina Mayrinck e Virginia Mayrinck Farah, filhas do Newton de Souza
MEU CISNEIRINHOS C insneiros, paraíso de teus filhos I nvejo a sorte de quem aí fica S em ter que seguir por outros trilhos N ada é mais doce que pisar teu solo E nadar risonho em teu Rio Pomba I nda que pouco, me pegue em teu colo R ememorando o tempo já ido O utros virão, e você Cisneiros S erá na certa o sempre berço amigo Newton de Souza 20/04/1971 Agradeço a Sergina Mayrinck e Virginia Mayrinck Farah, filhas do Newton de Souza
Eu amo Cisneiros por Ana Clara Fagundes Finamore Frederic Porque lá para mim é sinônimo de liberdade, de alegria, de gente falando, de gente alegre e de bem com a vida. Lá é onde posso por minhas havaianas e sair sem rumo e sem hora para nada e sem hora para voltar.Lugar de encontrar a família, tomar café na varanda da minha avó como disse a Marivan , de ter longos almoços com a família. Lugar de lembrar que não existe celular, que ele não vai tocar hora nenhuma mas o computador faz falta....nada é perfeito.Esquecer que existe TV.Quando criança andava livre por tudo quanto é lugar sem meus pais ficarem preocupados , gostava de tomar picolé no bar do Muri, andar pela linha do trem , cheguei a ir até Itapiruçu de trem. Entrava nos vagões abandonados e depois era um sufoco para sair de lá de dentro por causa da altura. Ver as pessoas pularem da ponte mas nunca tive coragem. Tomar banho na prainha era uma farra. Ir no sítio do tio Filinho tirar leite da vaca, no sítio do tio Afonso, chupar
As ruas de terra Os jovens nem se lembram, mas até por volta de 1986, as ruas de Cisneiros eram todas de terra e quando não tinha lama, tinha poeira. Uma vez estava com meu pai, voltando do sítio na região do Ouro, de charrete quando logo após a curva da serraria do Moacir, vinha em sentido contrário à pé, Sebastião Jovem, já falecido e, que tinha o apelido de Bastião Bengala. Meu pai chicoteou o cavalo e ao chegar na sua direção jogou a charrete numa poça e o Sebastião ficou todo enlameado. Xingou muito e meu pai ria sem parar. Eram primos. Quando alguém lhe chamava por este apelido, Sebastião Jovem ficava possesso e em muitos casos, chamava para a briga. Trabalhou por muitos anos no sítio do farmacêutico, Evaldo de Souza Lima.
A evolução do crédito Dizem em tempos antigos o documento de crédito mais importante era o fio do bigode. Os métodos de concessão de crédito mudaram muito. Lembro, quando garoto em Cisneiros, meu pai tinha uma caderneta na venda do Sr. Juca Salum e, fazia as compras, pagando no final de cada mês. Muitos ficavam com a caderneta em aberto por até seis meses e quando colhiam sua lavoura, quitavam seus débitos. Hoje a maneira de fazer isto é usar o cartão de crédito e uma vez por mês receber a fatura. Compra-se em todo lugar, sem precisar ser conhecido, novos tempos. Meu avô, Joaquim Batista Ferreira, morador de Cisneiros, sempre reclamava e dizia que o bom era morar numa cidade grande onde tudo era pago com dinheiro, sem a praga do fiado e o tempo provou que ele estava enganado, nunca na história do mundo se comprou fiado como hoje. E junto com o crédito, existe o calote. Em Palma, quem não se lembra da tabuleta que o Mário Simão pendurava, com o nome de todos seus clientes caloteiros.
O bicho Tapirussú No livro "Historia de uma viagem a terra do Brasil" de Jean de Lery de 1578, traduzido por Monteiro Lobato e publicado pela Companhia Editora Nacional em 1926, o início do Capítulo X: VEAÇÃO, SERPENTES E OUTROS ANIMAES MONSTRUOSOS DA AMERICA Para começar este capitulo direi que não existe nas terras do Brasil um só animal em tudo e por tudo semelhante aos nossos, e principiarei por descrever os que os tupinambás genericamente chamam sóo e lhes servem de alimentação. O mais commum é o tapirussú de pello avermelhado e tamanho quasi igual as vaccas, mas sem chifres, pescoço mais curto, pernas mais finas, orelhas pendentes e pés de casco inteiriço como o do asno. É caso de dizer-se que participa de ambas as alimarias e é semi-vacca e semi-asno. Todavia ainda differe de ambos na cauda, que é muito curta (e noto que na America se encontram muitos animaes sem cauda) e nos dentes, que são mais cortantes e agudos. Não é, entretanto, animal perigoso, porisso que sua d
A maçonaria Sempre esteve presente na história de Minas Gerais e ao lado da busca da liberdade. Na Inconfidência Mineira todos os participantes do movimento e até mesmo o traidor, Joaquim Silvério dos Reis eram maçons. O grande escultor Aleijandinho e o desbravador dos sertões do leste e fundador de muitas cidades, Thomaz Guido Marliére também. Pode-se observar que a bandeira do estado de Minas Gerais é inspirada nesta sociedade: o triângulo no centro da bandeira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da Sabedoria. A proclamação da república seus principais líderes participavam da maçonaria e inclusive, o primeiro ministério, sem nenhuma exceção, era composto de maçons. Em Cisneiros existiu uma Loja Maçonica e, não tenho certeza, mas deve ter sido fundada por membros da família Costa Mattos. Em Palma existe há muitos anos e funciona até hoje.
BLOG E LITERATURA , BLOG É LITERATURA ? Acontece em São Paulo neste final de semana a Primavera dos Livros e no sábado, às 17 horas, o debate "BLOG E LITERATURA , BLOG É LITERATURA ?" com a presença de Bruna Surfistinha, escritora; Índigo, escritora; Ivana Arruda Leite, escritora; Rosana Hermann, jornalista e escritora. O moderador será Marcelo Duarte, jornalista, escritor e editor da Panda Books.
Arraial Velho foi um dos nomes de Itapiruçú? O site de Nilza Cantoni sobre a História de Leopoldina tem um artigo sobre Itapiruçú . A respeito da origem do nome, existem muitas versões, como pode ser conferido em posts anteriores deste blog. Até o momento não existem informações à respeito da escritura do terreno do patrimônio e de como ocorreu esta doação. Em uma escritura do cartório de Notas do Capivara, do ano de 1882, isto é, um ano antes da criação do distrito com o nome de Tapirussú, o local é chamado de Arraial Velho. O interessante é que um dos primeiros nomes de Cisneiros foi Arraial Novo e pela proximidade(3 quilômetros), devia ser usado estes nomes para diferenciar. E quando veio a ferrovia e inagurada a estação em 11 de maio de 1883, em Cisneiros, esta recebeu o nome de "Estação do Tapirussú" e, acredito que isto devido à proximidade. Acredito, ser quase impossível descobrir por que isto aconteceu e só nos resta fazer hipóteses. Será que os engenheiros pensavam
A formação acadêmica de Firmo de Araújo Em 1859, Firmo de Araújo foi matriculado na escola do professor Bartolomeu Cordovil Siqueira e Mello, em Santo Antônio de Pádua. Em 1862 iniciou o curso de Humanidades no Colégio Victor Renault. E, este fato não consegui comprovação, deve ter sido aluno do professor Pierre Victor Renault. Acredito que os ideais republicanos tanto de Firmo como de outros alunos deste colégio, muitos dos quais, exerceram cargos importantes no estado de Minas Gerais após a proclamação da república, devem ter sido influenciados pelas idéias deste grande professor francês. E a passagem de Firmo de Araújo por este colégio, onde fez amizades com o Dr. Bias Fortes, João Pinheiro, entre outros, pessoas que se destacaram e ajudaram na criação do município de Palma. E devia ter uma formação acadêmica muito boa, visto que a grade curricular deste colégio incluia latim, francês, filosofia, história, geografia, entre outras matérias. E a qualidade de seu ensino alcançou fama.
Rua Cisneiros em São Paulo(SP) Sabendo da existência desta rua na capital paulista, e pelo Dicionário de Ruas, informa ser uma homenagem ao distrito, fomos lá para conferir. As ruas vizinhas os nomes são todos homenagens a pequenas localidades do estado de Minas Gerais. Rua Cisneiros em São Paulo(SP) A Rua Cisneiros fica no bairro de São Mateus, não no Tatuapé como informa o site. Localiza-se na Zona Leste, periferia, uma região muito carente. Marcelo Alexandre Maciel, nosso repórter-fotográfico, conversou com três pessoas e eles não sabiam o motivo da rua onde moram, ter o nome de Cisneiros. A imagem acima está um pouco escura, devido a placa ter sido fotografada à noite.
Balanço Está sendo muito gratificante escrever este blog. Desde quando comecei na última semana de maio, imaginei não ter fôlego para ir muito longe, devido à falta de leitores e o assunto ser limitado. Quanto aos leitores, não tenho tanta certeza, porque o retorno por meio de comentários e e-mails é pequeno. Agora, quanto ao assunto, me enganei. Cisneiros e Palma têm muita história e a cada semana novas descobertas acontecem. E fatos e mais fatos vão aparecendo da memória das pessoas, dos documentos e, os artigos vão sendo escritos. Incrível, até o momento, este blog conta com mais de 300 posts e as minhas projeções mais otimistas, chegariam a 200, no máximo. E ainda tenho muito o que escrever. Nas próximas semanas, devo ir à Cisneiros e Palma e, estou programando algumas entrevistas e recolher material documental. E, acredito que deva ter material para continuar escrevendo por mais uns três meses. Tenho muito que agradecer a todas as pessoas que colaboraram e continuam colaborando e
Marcaux ou Maraux? No post anterior, comento sobre o livro de Vicent Maraux e no registro de casamento de Mario Cysneiros e Elvira Cysneiro da Costa Reis entre outros, estavam presentes: Cecilia Marcaux da Costa, Lydia Marcaux Costa e Brazilia Renault. Será que são parentes de Pedro Renault? Não consegui descobrir se Pedro Renault tinha filhos, na sua certidão de óbito não consta esta informação. E ainda fica a dúvida se o correto é Marcaux ou Maraux.
Pierre Victor Renault Em posts anteriores já havia comentando sobre Pedro Renault que teve hotel e foi o primeiro escrivão de Cisneiros. Encontrei na internet o livro "Pierre Victor Renault Um pioneiro francês no século XIX 1811-1892" e escrito pelo francês Vicent Maraux que conta a história da vida de seu pai, Pierre Victor Renault, que havia imigrado da França para o Brasil e exercido aqui o cargo de engenheiro de minas e grande educador. Fundou em Barbacena, o colégio Victor Renault, sendo seu principal professor, onde estudaram grandes políticos mineiros. Não dispondo de manuais adequados, escreveu um livro sobre aplicação do sistema métrico decimal, publicado no Brasil e na França. Escreveu também "Tesouros e famílias" um tipo de enciclopédia abrangendo os mais diversos assuntos, com 864 páginas e, também publicando tanto no Brasil com na França. Além destas duas obras, criou um método fácil de aprender a ler em quinze lições e um resumo de história e geografia
Marliére e a Estrada do Presídio Guido Thomaz Marliére morou em São João Batista do Presídio (Visconde do Rio Branco) até 1816, quando transferiu para GUIDOWALD ( em alemão significa "Floresta de Guido") e ali ergueu seu Quartel. Próximo a este quartel tinha uma fazenda de 252 alqueires, onde vivia com sua esposa D. Maria Victoria e seu filho adotivo, Leopoldo Guido Marliére e, que pouco cuidava devido ao tempo que dispendia no cumprimento de suas missões. Em 1812, o Capitão Gonçalo Gomes Barreto, fazendeiro de muitos recursos e senhor de escravos, morador na Fazenda Cachoeira, junto ao rio Xopotó, distante quatro quilômetros da atual cidade de Visconde do Rio Branco, solicitou a criação da estrada ligando Visconde do Rio Branco a Campos dos Goitacazes, no Rio de Janeiro. Esta estrada seria aberta mais tarde sob o comando de Guido Thomaz Marliére e que teve muita importância no comércio da região, perdendo somente com o início das ferrovias por volta de 1870.
Algumas dúvidas? Persistem algumas dúvidas à respeito do Dr. Bernardo Cysneiro. A primeira delas é se Brazilia Renault era realmente sua filha. Outra é que em sua tese de doutoramento faz uma homenagem ao cunhado, o Dr. Manuel Thomaz B. Côrte Real, sendo que temos conhecido de duas irmãs e ambas declaradas como solteiras e um irmão, o Dr. Antônio Pedro Cysneiro da Costa Reis. Outra que ainda não consegui achar resposta é como vieram parar nesta região tantos bacharéis e médicos nordestinos? E também o por que do nome da Rua Niterói em Cisneiros. Se algum leitor tiver estas respostas, me envie e-mail. Obrigado!
Faculdade de Medicina da Bahia Abaixo fotos da Faculdade de Medicina da Bahia, onde estudaram o Dr. Bernardo Tolentino Cysneiro da Costa Reis e Dr. Ignacio Amorim de Antuterpio. As fotos foram uma gentileza do nosso amigo, Amauri Cysneiros do Amaral. Faculdade de Medicina da Bahia - Salvador(BA) no dia 12 de agosto de 2006
Tese de doutoramento Dr. Ignacio de Amorim Antuterpio Amauri Cysneiros do Amaral, aproveitou sua ida à Faculdade da Bahia e fotografou também as páginas iniciais da tese de doutoramento de Ignacio de Amorim Antuterpio, que clinicou por muitos anos em Itapiruçú, atendendo também em Cisneiros. Este médico era negro e foi bastante conceituado. Agradeço ao Amauri, pela grande colaboração. Fonte: Faculdade de Medicina da Bahia - Salvador(BA) - Imagens fotografadas por: Amauri Cysneiros do Amaral
Tese de doutoramento do Dr. Bernardo Cysneiro Amauri Cysneiros do Amaral esteve dias atrás na Faculdade de Medicina da Bahia, em Salvador(BA) e fotografou as primeiras páginas da tese de doutoramento, apresentada pelo Dr. Bernardo Tolentino Cysneiro da Costa Reis, em novembro de 1871. Agradeço ao Amauri, pela grande colaboração. Fonte: Faculdade de Medicina da Bahia - Salvador(BA) - Imagens fotografadas por: Amauri Cysneiros do Amaral
Contatos com Cisneiros No sábado passado, dia 12, liguei para Cisneiros e falei com minha mãe, Maria Luiza Ferreira Machado, e ela me contou muitas novidades e que muitas pessoas estão empolgadas e interessadas em colaborar neste nosso trabalho de recuperação da história e preservação da memória de nosso povo. Disse que a Dona Namir Gonçalves separou algumas fotos antigas da escola, da Adelaide Guedes Amorim e da estação de trem em perfeito estado de conservação e vai nos emprestar para ser digitalizada. A Lucélia Medina Guedes também disse ter gravado em vídeo vários lugares de Cisneiros e o depoimento de moradores antigos e colocou-nos à disposição. E ainda fotos antigas do time de Cisneiros, o Tabajara, que teve entre seus jogadores José Medina e Mário Medina. O Beto da Boutique de Palma, ainda não tive contato, mas disseram que possui muitas fotos antigas da balsa que ligava Cisneiros a Itapiruçú, a construção daquela ponte e a inauguração nos anos 50. E também fotos da igreja de C
Dr. Bernardo Cysneiro no Senado Na sessão do dia 04/06/1891, fez algumas observações e requereu ao presidente que fosse nominal a votação sobre o substitutivo do sr. Roquette, relativo à discriminação de rendas e o mesmo foi aprovado. Abaixo um trecho do que falou o senador Dr. Costa Reis: Nós que no tempo da monarquia desfraldamos a bandeira da República, porque queríamos com ela as franquias municipais, não podemos renegar o nosso passado; não podemos deixar de fazer questão de vida e de morte pelo princípio cardial que nos atirou sem tréguas a ingentes lutas; pois, o contrário seria a continuação disfarçada da monarquia. Sr. Presidente, se essa salutar e inadiável medida não passar neste Congresso, o que não creio, nós, os velhos propagandistas, desalentados, enrolaremos a pura bandeira a República e a confiaremos aos notáveis lidadores ( dirigindo-se ao republicanos radicais ), aos quais podemos dizer: fizemos com os nossos esforços a proclamação da República em pleno domínio da mo
Eleição para senador O Dr. Bernardo Cysneiro concorreu na eleição para o senado em 10/03/1907 e recebeu no distrito de Cisneiros um total de 88 votos, perdendo para o Comendador Manoel Teixeira da Costa, com 89 votos. Seu filho, Alvaro Cysneiro da Costa Reis, atuou como mesário e seu futuro genro, Admár Guedes como escrivão interino.
Antônio Augusto Machado Trabalhou por muitos anos como tropeiro e depois tornou-se agricultor em Cisneiros e moravam pelos lados da Braúna. Em suas terras também teve garimpo de ouro. Nascido por volta de 1842 em local indeterminado e falecido em 1937, conheceu toda esta região sem estrada de ferro e dizia lembrar dos conflitos com os índios que não aceitavam a ocupação do homem branco. E que muitas pessoas ficaram fascinadas com a chegada da ferrovia e outros nem tanto e, diziam não seria estrada de ferro, mas do inferno, onde as coisas ficariam mais difíceis e caras.
A polícia de Palma e Miracema Anos após o assassinato de Firmo de Araújo ainda existiam divergências entre as autoridades de Palma e Miracema, como pode-se ler abaixo no artigo transcrito do jornal "Cataguazes". A divisa entre os dois estados nesta época já estava praticamente definida, mas mesmo assim, criminosos aproveitavam para ir de um lado a outro, deixando as autoridade impotentes, diante da necessidade de papéis autorizando o exercício de sua função. Palma "Covardia Assassina" "O Bloco", pequeno porém, bem noticioso semanario que se publica em Miracema, prospero districto de Padua e limitrophe com este municipio, sob a epigraphe supra, estampou no noticiario de seu numero de 20 do corrente, a descripção de um assassinato barbaro e inqualificavel praticado por José Moreira Alvim, na fazenda "S. Pedro" d’aquelle districto. Tratando do monstruoso crime e de seu barbaro autor, "O Bloco" descreve este como um criminoso reincidente e
Guido Thomaz Marliére O desbravamento desta região deveu-se a Guido Thomaz Marliére. Affranio de Mello Franco em sua obra “Guido Thomaz Marliére” escreve que ele deve ter nascido por volta de 1768, na região da Alsacia ou Lorena, na França. Esta dedução deve-se ao fato de preferir nomes alemães para designar lugares e aldeamentos. Ao contrário do que já se escreveu, Guido Marliére não veio para o Brasil em 1808, junto com a Família Real e sim em 1807 na Corveta de João Marcos Vieira Araújo, para o Rio de Janeiro e depois para o Rio Grande do Sul, onde serviu no posto de Alferes da Cavalaria Ligeira. (Fonte: Pesquisa e notas de G. P. Araújo, documentos inéditos, publicado na Revista Chico Boticário - Ano I - Nº 1.) Em 16 de março de 1813 foi nomeado tenente-agregado para os serviços dos índios, conforme portaria expedida pelo governador da provínica, Conde da Palma e na mesma obra de Affranio de Mello Franco escreve: em que este mandou que elle partisse para o districto e Aldea S. João
As origens do povo do município de Palma Em Palma, as pessoas brincam que na cidade quem não é Paula, é parente. E isto é verdade, a maioria da população de Palma e Cisneiros descendem das famílias Vieira, Paula e Pinto. E estas famílias vieram de Cataguases no final do século XVIII com o objetivo de colonizar estas terras, onde existiam somente matas. E todas estas famílias descendiam de portugueses que se dedicavam à mineração e devido ao declínio desta, procuravam outra ativadade. No final do século XIX, Palma recebeu uma quantidade grande de imigrantes italianos, vindos para trabalhar no comércio e nas lavouras de café. E libaneses sempre exercendo a atividade comercial. Hoje, a miscigenação é grande, mas as principais raças que compõe o povo de Palma são: portugueses, italianos, negros (vieram como escravos para as fazendas) e libaneses. Agora em Itapiruçú, a maioria das famílias descedem de portugueses e italianos, vindos principalmente da região de Leopoldina, sendo que até a cr
Estrada de Presídio A estrada que vinha de Presídio(atual Visconde do Rio Branco) e ligava a Campos dos Goitacazes, passava por Cisneiros. Segundo o padre Geraldo Mendes Monteiro, no seu livro “História Geral do Laranjal”, nesta cidade existia um local de pouso, na confluência dos córregos dos Patrícios com o Ribeirão São João, onde hoje existe a praça Batista Berno. Os tropeiros prosseguiam depois pelo vale da Boa Vista até o Serrote, transpunham ali uma pequena vertente, alcançando o ribeirão Baraúna, desciam pelo vale até a Capela de Santa Rita e daí atingiam Cisneiros. De Cisneiros a estrada alcançava Miracema pelo norte, rumando para Santo Antônio de Pádua, São Fidélis e depois Campos dos Goitacazes. Cada tropa de mulas levava aproximadamente 500 arrobas de café em côco e traziam na volta utensílios, ferramentas, armas e sal.
Telefones Segundo Geraldo Mendes Monteiro em seu livro “História Geral do Laranjal”, em 1913, Paulino José Fernandes fundou a Companhia Telefônica e em 1914 tinha linhas ligando as cidades de Palma, Cataguases, Muriaé e os distritos de Laranjal, Sereno, Boa Família e outras localidades.
Acróstico C isneiros, sempre... C onvivemos com sua lembrança. I nfelizmente, tivemos que... I r para outras terras. S em esquecer de... S ua acolhida. N em de seu povo... N em dos amigos. E ternamente está... E m meu coração. I mportante não deixar as ... I nfluências do mundo esquecê-lo. R ecordando os dias da infância... R elembrando aqueles dias mágicos. O nde a eternidade e... O tempo pararam. S empre em nossa mente... S empre Cisneiros, sempre.
Antunes Siqueira No caminho de Laranjal a Cisneiros, ao sopé de um elevação, existe uma cruz onde foi assassinado o coronel Joaquim Antunes Siqueira Lopes e escrito na cruz: “J.A.S. 8-9-1909” e, a falta do “L” confunde pois o coronel tinha um filho com o mesmo nome, mas sem o “Lopes”. Joaquim Antunes exerceu o cargo de juiz de paz em Laranjal e sempre ia a Cisneiros onde tinha parentes. A sua morte deveu-se a motivos políticos, causada por encrencas na eleição em Laranjal. Seu filho, Joaquim Antunes Siqueira, mais conhecido por “Quinca Doido”, foi assassinado em 26/03/1945 por um garoto. A história que contam é que este garoto passou a namorar a filha de um colono de sua fazenda e, este não gostou. Alertou o garoto e aplicou-lhe uma surra. Este ficou revoltado e arrumou emprestado uma garrucha e ficou de tocaia na estrada. Quinca Doido vinha de Cisneiros numa mula e, embora estivesse armado, ao ver o garoto tentou bater-lhe com o chicote, mas tomou um tiro no peito. O garoto fugiu do l
Eleições e as mudanças As eleições estão se aproximando mais uma vez e a utopia e demagogia de sempre vem junto. Em Palma e Cisneiros, principalmente na de prefeito e vereador, provoca muitos debates. Nos anos 80, Zequinha Roldão exercia uma forte liderança e dominou a política do município até 1988. Diziam que ao mudar o partido, as coisas iriam mudar, mas como sempre acontece, as coisas continuaram e continuam do mesmo jeito. Nos anos 20, as brigas políticas provocaram a morte de diversas pessoas e o quadro somente mudou depois que deputados de Cataguases estiveram em Palma para apaziguar os ânimos. E naquele época, foi o único período em que o município teve enorme prosperidade. Os mais velhos já sabem de cõr e salteado tudo que é prometido por anos e anos nos palanques e depois de anos, novamente aquilo retorna não como realização, mas como uma nova promessa. A transformação de uma região ou cidade, a política tem influência, mas a história nos ensina claramente se esperarmos de po
Manifestação Influenciados pelas mudanças ocorridas por maior liberdade devido ao governo republicano, na época em que Firmo de Araújo administrava Palma, vários cidadãos inconformados com sua administração, organizaram uma manifestação. Foram para frente da prefeitura gritar. Firmo na sacada e com uma carabina disparou vários tiros para o alto e imediatamente a manifestação teve fim.
Índios Toda esta região, inclusive Cisneiros e Palma, quando os desbravadores chegaram no final do século XVIII, existiam muitos índios, principalmente da tribo dos puris. Os que não foram dizimados, fugiram. E se houve foi pouca, a miscigenação entre índios e os brancos. Na época da construção da ferrovia ligando Recreio ao Capivara(atual Palma) ainda tinha-se notícias da existia de tribos, pois Antônio Augusto Machado contava que os índios escondiam na mata com medo das locomotivas.
A filha de Firmo de Araújo Uma das filhas de Firmo de Araújo, Arinda, apaixonou-se por um ourives de nome Benjamin Reis. Embora sabendo que o namoro dos dois não agradava ao coronel, foi até ele e a pediu em casamento. Firmo negou e falou para Benjamin ir embora de sua fazenda. Dias depois, Arinda contou ao pai toda a verdade de seu relacionamento com Benjamin. Firmo mandou um recado a este pedindo que viesse à sua fazenda que não se oporia mais ao casamento. Ao chegar na fazenda foi agarrado pelos capangas que o caparam e depois introduziram um ferro em brasa, no lugar de onde haviam arrancado os órgãos genitais. Benjamin morreu e depois de publicado este fato na "Gazeta de Notícias", houve muita discussão à respeito da veracidade dos laudos médicos, conforme pode ser conferido em outros posts deste blog. Dizem que o coronel mandou prender Arinda em uma casinha na fazenda Fortaleza e todos os dias, a comida era colocada por uma fresta. Ninguém discutia, pois tinham medo da c
Poeta Didino Isto aconteceu por volta de 1987, quando voltava de um viagem a Cataguases. No ônibus, estava sozinho no banco, quando em Leopoldina embarcou um senhor de paletó, gravata e chapéu e sentou-se ao meu lado. Puxou conversa e notei que era muito educado e conversava bem. Perguntou de onde eu era e respondi ser de Cisneiros. Quis saber o nome de meus pais, falei seus nomes, mas ele não os conhecia. Como era um senhor, disse o nome de meus avôs e ele retrucou: "mas o Joaquim Batista é meu afilhado". Quando o cobrador veio, fez questão de pagar minha passagem até Palma. Ele desceu em Laranjal e mandou recado para meu avô de que estava muito bem e enviava lembranças. Contei ao meu avô que ficou alegre de receber aquela notícia, pois este era o seu padrinho mais querido. Meses depois, conversando com a professora de português em Palma, Maria Edith sobre poetas e poesia ele me contou que um parente de sua mãe havia escrito um livro de poesias em homenagem a esposa que havi
Rua Dr. Costa Reis Existem ruas homenageando o senador Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis nas cidades de Palma(MG), Juiz de Fora(MG) e Belo Horizonte(MG).
Uma decepção amorosa fez Palma uma cidade Isto parece coisa de romance, mas é a pura verdade. Em um dos primeiros post deste blog conto a vida do Coronel Firmo de Araújo Pereira. Praticamente toda a infra-estrutura de Palma, e que ainda existe até hoje, deveu-se ao idealismo e tenacidade deste cidadão. Firmo de Araújo veio parar nestas terras, após seu pai adquirir a fazenda Fortaleza. Começou sua carreira política em Santo Antônio de Pádua como sub-delegado de polícia e depois por volta de 1877, eleito juiz de paz de Miracema e por esta época sua atenção despertada para a calma e pequena povoação do Capivara. E sua família tendo fazenda neste lugar, fez parte da comissão que construiu o cemitério e igreja. E por esta época nos registros de batizados nota-se sua presença, sempre como padrinho. Em 1862 voltou a Barbacena para estudar, onde fez amizade com o Dr. Bias Fortes, que depois foi governador de Minas Gerais e que lhe ajudou muito na sua luta de transformar o pequeno Capivara em
C ASEMG I mponente Ponte de Ferro S empre majestosa, mas perdendo a cor N ada lembra o que já foi E stação demolida I mpossível esquecer R io Pomba com suas águas cor de barro O uvindo seu silêncio S empre Cisneiros!
Quantos pensamentos... ... em minha mente ao admirar a foto do enorme casarão, séde da fazenda Aliança publicado em post anterior. Imagino as muitas conversas que teve o Dr. Bernardo Cysneiro em sua sala de visitas com o objetivo de conseguir a elevação de Cisneiros à categoria de distrito e Palma à município e comarca. Se existisse uma máquina do tempo e fosse possível ouvir, quanta coisa teria para publicar no blog. Além dos assuntos sérios fico imaginando as brincadeiras e as conversas para passar o tempo. A comemoração dos êxitos e as angústias das derrotas. Ele ser acordado à noite para atender pacientes agonizantes. O enorme movimento da fazenda na colheita do café, os casamentos, as festas e tantos outros eventos. E o lugar onde tudo isto aconteceu hoje é pasto e restam apenas algumas marcas no chão.
Algumas dúvidas sobre o Dr. Bernardo Cysneiro Na tese de doutoramento, o Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis homenageia seu cunhado, o Dr. Manuel Thomaz B. Corte Real. Mas pelas informações ele tinha duas irmãs que eram solteiras e um irmão. Então para ter este cunhado, deveria ter mais uma irmã. Esta dúvida ainda não foi esclarecida. Outra é a informação passada pela pesquisadora Nilza Cantoni à Annamaria Cysneiros do nascimento de uma filha do Dr. Bernardo com o nome de Brazilia. No casamento de Elvira e Mario, uma pessoa com o nome de Elvira Renault assina o livro de registro. E se era filha porque seu nome não aparece nos registros seguintes de procurações e venda dos bens?
Escritores e poetas de Cisneiros Escrevi sobre isto na comunidade "Eu amo Cisneiros" e num post anterior. Na semana passada ao conversar com Dona Namir Gonçalves, contou que um da família Barandier escreveu um hino sobre a participação dos pracinhas de Cisneiros na campanha da FEB. Mas o mais comentado e que todos lembram é o lindo poema sobre Cisneiros, escrito por Newton de Souza. Entrei em contato com sua filha Virginia Mayrinck Farah e ela ficou de conseguir e nos enviar para ser publicado no blog. Estamos aguardando. E se algum leitor tiver uma crônica, poema, versinhos ou qualquer coisa sobre Cisneiros, Palma ou Itapiruçú e quiser compartilhar, me envie que publicarei.
Dr. Bernardo Cysneiro e a Fazenda Aliança Hoje é um dia especial para mim e o blog. Há dois meses estou escrevendo e publicando, usando o material que recolhi entre 1986 e 1988 sobre Cisneiros, a fundação e a vida de seu fundador o Dr. Bernardo Tolentino Cysneiro da Costa Reis, e hoje de manhã recebi o e-mail de Cassiana Guedes. E em anexo veio a foto do Dr. Bernardo Cysneiro e da fazenda Aliança que estão publicados abaixo. Muito obrigado mesmo, Cassiana Guedes. Dr. Bernardo Tolentino Cysneiro da Costa Reis Séde da Fazenda Aliança na época do Dr. Bernardo Cysneiro, em Cisneiros(MG) A foto do Dr. Bernardo Cysneiro quando jovem, devia ter aproximadamente 20 anos. E da fazenda Aliança, nota-se o enorme casarão. Os antigos moradores de Cisneiros, muitos já falecidos, lembravam que a fazenda era muito bem cuidada e também a estrada para o distrito de Cisneiros. Cassiana além das fotos escreveu: "meu avô tem um dicionário prático ilustrado que consta o nome “CISNEROS” e o seu signif
Informações de Cassiana Guedes Cassiana Guedes participa da comunidade "Cisneiros" no orkut e é tataraneta do Dr. Bernardo Cysneiro da Costa Reis. A Annamaria Cysneiros e Sandro Cysneiros entraram em contato para saber se tinha informações sobre seus antepassados. Cassiana respondeu num scrap para Annamaria e obtivemos as seguintes informações: Seu avô materno Geraldo Cysneiros Guedes mora atualmente em Cataguases(MG). Nasceu em 08 de novembro de 1925 em Campos(RJ), filho de Maria Cysneiros e Admár Guedes e casou com Judith. Ambos hoje com 80 anos e muita saúde. Geraldo é funcionário aposentado do Banco do Brasil, flautista, compositor e poeta. Segundo Geraldo, o Dr. Bernardo Cysneiro tinha duas irmãs: Rita(Ritoca) e Francisca(Chiquinha), ficaram solteiras e Antônio Pedro Cysneiro da Costa Reis (Totonho). E o Dr. Bernardo Cysneiro teve 10 filhos: -01 Bernardo (general, solteiro) -02 Álvaro (Veveco) que casou com sua prima Judith -03 Afonso (solteiro, morreu cedo, aos 16 anos)
Consulta a Faculdade da Bahia Informações obtidas através consulta direta feita na Faculdade de Medicina da Bahia, por gentileza da funcionária Eliane, nos registros dos ex-alunos Affonso Arthur Cisneiro de Albuquerque e Bernardo Tolentino Cisneiro da Costa Reis no dia 02/08/2006. O nome de Affonso Arthur surgiu a partir de informação colhida no blog de Joaquim Ricardo Machado, http://www.joaquimrmachado.blogspot.com/ , como de um amigo que se formou na Faculdade de Medicina da Bahia no mesmo ano que o Dr Bernardo. AFFONSO ARTHUR CISNEIRO DE ALBUQUERQUE , nascido em 25 de março de 1847, em Pernambuco, mas em localidade não indicada, filho legítimo do Dr. Duarte Coelho de Albuquerque Mello e de D. Maria das Mercês Cisneiro de Albuquerque; formado em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia no dia 16 de dezembro de 1871, tendo defendido tese de título "Cirrhose do Fígado". A tese, impressa em 1871 encontra-se em excelente estado de conservação, sendo o exemplar existente na
Os filhos do Dr. Bernardo Cysneiro Pelo certidão de óbito, consta que o Dr. Bernardo Cysneiro da Costa tinha 9 filhos, mas não cita seus nomes. Cruzando dados de procurações, certidões de nascimento cheguei aos seguintes nomes: - Bernardo Cysneiro da Costa Reis Júnior, farmacêutico, residente no Rio de Janeiro - Henrique Cysneiro da Costa Reis - Alvaro Cysneiro da Costa, casado com Judith Rezende, lavrador residente em Providência - Antonio Cysneiro da Costa Reis, farmacêutico em Morro Alto - Elvira Cysneiro da Costa Reis, casada com Mário e tabelião em Rio Pomba(MG) - Julieta Cysneiro da Costa Reis, casada com Raul Rezende, lavrador residente em Providência(MG) - Adelaide Cysneiro da Costa Reis - Maria Cysneiro da Costa Reis, casada com Admár Guedes Pinto, escriturário da estrada de ferro em Campos(RJ) - Annita Cysneiro da Costa Reis (ou Anna) - Brazilia Renault ficou esta dúvida, pois na conversa com a Annamaria Cysneiros no dia 24 de julho, ela recebeu a informação do nascimento de
Notificação de publicação A partir desta semana, os artigos deste blog serão postados semanalmente, com o objetivo de melhorar a qualidade dos textos. E também porque meu estoque de documentos, fotos e lembranças está no fim. Quem desejar ser notificado envie nome e endereço de e-mail. E quem quiser pode mandar também sugestões e informações para continuarmos a publicar e melhorar o conteúdo deste blog. Obrigado.