Poeta Didino
Isto aconteceu por volta de 1987, quando voltava de um viagem a Cataguases. No ônibus, estava sozinho no banco, quando em Leopoldina embarcou um senhor de paletó, gravata e chapéu e sentou-se ao meu lado. Puxou conversa e notei que era muito educado e conversava bem. Perguntou de onde eu era e respondi ser de Cisneiros. Quis saber o nome de meus pais, falei seus nomes, mas ele não os conhecia. Como era um senhor, disse o nome de meus avôs e ele retrucou: "mas o Joaquim Batista é meu afilhado".
Quando o cobrador veio, fez questão de pagar minha passagem até Palma. Ele desceu em Laranjal e mandou recado para meu avô de que estava muito bem e enviava lembranças.
Contei ao meu avô que ficou alegre de receber aquela notícia, pois este era o seu padrinho mais querido.
Meses depois, conversando com a professora de português em Palma, Maria Edith sobre poetas e poesia ele me contou que um parente de sua mãe havia escrito um livro de poesias em homenagem a esposa que havia falecido recentemente. Fiquei extremamente curioso e dias depois ela me emprestou o livro. E para minha surpresa o autor, Didino Guedes, aquele mesmo que havia conversado meses atrás. Pedi e a Maria Edith redigiu uma nota sobre seu livro que publiquei no jornal "O Manifesto" em agosto de 1987.
domingo, agosto 06, 2006
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