Henrique Barandier dos Santos
A minha primeira professora Maria Luzia de Barros, solicitou em sala de aula a descrição da Guerra do Paraguai. Como a mesma gostava muito de poesia, resolvi fazê-la não só em prosa como numa poesia, a seguinte:
Guerra do Paraguai
O Brasil sempre invencível
Inscreveu na sua história
Com a Guerra do Paraguai
Uma página de Glória
Seis anos sempre a lutar
Coragem não nos faltou
Solano Lopes o mau
Muito sangue nos custou
Era nosso Imperador
O bom D. Pedro II
Que com seu tino e prudência
Nos deu exemplo fecundo
Os feitos mais importantes são:
Batalha de Tuity x Riachuelo e
Tomada do forte Peribui
Corupaty, Cururu e a
Tomada de Humaita e o
Combate da vitória
Que foi inserro cora
Quando a peleja era horrível
Do exército um simples cabo
Mata Solano com a lança
Este herói, foi “Chico Diabo”
O lutador obscuro que
Lançou Lopes por terra
A quem devemos o fim
Da nossa Glória de Guerra
Não esqueçamos os nomes
Dos Heróis Duque de Caxias,
Ozorio, Mena Barreto e
O grande Marcilio Dias
Pedro Afonso, Polidoro
Barão de Triunfo, Barroco e
Francisco Camerino, Soldado e
poeta marioso
Ferido e sentindo a morte
Vendo seus sonhos dispersos
Com rasgo de patriotismo
Recita estes lindos versos
“Ou morre o homem na lida
Feliz coberto de glória
Ou surge o homem com vida
Mostrando em cada ferida
O hino de uma Vitória”.
Minha professora não acreditando que com idade de 10 anos no meu trabalho, procurou meu pai para saber, se era eu mesmo o autor, ele constatou que sim, com meus rascunhos em seu escritório.
Voltando da Guerra ao chegar em minha terra, com aplausos dos meus conterrâneos surgiu entre a multidão, a minha professora, cabelos grisalhos, com os braços abertos, sorrindo com olhos lacrimejastes exclamou:
“Ou morre o homem na lida
Feliz coberto de glória
Ou surge o homem com vida
Mostrando em cada ferida
O hino de uma Vitória”.
E abraçou comigo chorando, e foram momentos recíprocos de muita emoção para todos.
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