Lembranças de Itapiruçú

Tenho de minha infância muitas recordações de Itapiruçú. Muitas vezes fui lá com meu avô Ricardo, já velho e com os cabelos brancos. Depois de receber a aposentadoria ia fazer suas compras. Voltava com um saco branco, daqueles de açúcar, cheinho e não esquecia nunca de me comprar um suspiro. Era freguês do Jairzinho e José Jairo e, a venda destes era tão cheia de mercadorias que não sobrava espaço para o freguês entrar.

Meu outro avô sempre me levava para cortar o cabelo no Roque Barbeiro. Já bastante idoso e com as mãos trêmulas. Mas mesmo assim trabalhava de manhã a noite. E ao cortar o cabelo, de vez em quando parava indo até a porta para cumprimentar um conhecido ou cavaleiro que passava.

E recordo também da enorme máquina de beneficiar arroz do Geraldo Simões. Meu avô passava sempre para pegar farelo e arroz pilado.

E em minha memória, lembro também dos ciganos que ficavam acampados naquela praça de frente onde o Roque tinha sua barbearia.

E a ferraria do Zezinho Munega? Será que ainda existe?

Comentários

Kalli Pessôa disse…
Ola amigo, primeiro gostaria de parabeniza-lo pela iniciativa de externar as his (es) tórias desses lugares tão especiais que são Cisneiros e Itapiruçu, sou parente do Zequinha (filho do Zezinho Munega), a ferraria continua sim resistindo ao tempo e as más condições econômicas do local, mas o Zequinha é brasileiro e não desiste nunca, abraços ...

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