sexta-feira, junho 02, 2006

ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA

A Estrada de Ferro Leopoldina, se extende não só no estado de Minas Gerais, mas como também no do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Dentro do estado de Minas, a Estrada de Ferro possui a extensão de 851 quilômetros.

Tendo todas estas linhas, a bitola de um (1) metro, e apresentam um raio mínimo de 80 metros, e a declividade máxima de 0,m030.

Data do ano de 1873, os primeiros trabalhos da contrução da Leopoldina em Porto Novo. Inaugurado no ano de 1874 o primeiro trecho, de Porto Novo a Volta Grande, a linha tronco, com o ramal de Leopoldina, foi aberta ao tráfego, em 1877, até a cidade de Cataguases.
Em 1883, a Estrada de Ferro Leopoldina adquiriu as linhas de Pirapetinga (Volta Grande a Pirapetinga); e a do Alto Muriaé (de Recreio a Palma). A Leopoldina, prolongou a linha do Alto Muriaé até Santa Luzia (atual Carangola), onde chegou no ano de 1877.

Ao mesmo tempo que era construído o ramal que ia a cidade de Muriaé (Patrocínio a Muriaé). E mais tarde, no ano de 1891, o que liga a mesma linha do Alto Muriaé a Santo Antônio de Pádua (ramal de Cisneiros a Paraoquena), no estado do Rio de Janeiro.

A linha do Alto Muriaé (Recreio a Carangola), teve origem de Lei Provincial de Nº 2.492, de 19 de outubro de 1878, que autorizou a construção de uma ferrovia, que partindo de Recreio, passasse por São Francisco do Assis do Capivara (atual Palma) e terminasse em São Francisco do Glória (município de Muriaé).

A concessão foi dada pelo prazo de 50 anos, com uma zona de 30 quilômetros, subvenção quilométrica de 9:000$000 (nove contos de réis), ou a garantia de juros de 7% ao ano, durante o prazo de 20 anos, sobre o capital máximo de 2.600:000$000 (dois mil e seiscentos contos de réis). A Companhia concessionária deste privilégio preferiu a subvenção quilométrica e, tendo construído os 28 primeiros quilômetros até Palma transferiu-os em 1883 com sua concessão à Leopoldina Railway.

Em 1870, vários engenheiros exploravam o traçado do ramal ferroviário entre Porto Novo e Cataguases, procurando conduzir sua direção de modo que atingisse o povoado de Conceição da Boa Vista, mas forma impedidos de continuar seus trabalhos pelos proprietários da Fazenda São Mateus.

Devido a isto, os Srs. Francisco Ferreira Brito Neto e Inácio Ferreira Brito, proprietários da Fazenda Laranjeiras, ofereceram aos engenheiros, as passagem da futura ferrovia por suas terras. E, estando o terreno nas devidas condições técnicas, o traçados foi alterado.
Na medida em que eram construídos os trechos, eram inauguradas as estações. A estação de Recreio foi inaugurada em julho de 1877; a de São Joaquim(atual Angaturama), no dia 26 de abril de 1883; a de Tapirussú (atual Cisneiros), no dia 11 de maio de 1883; e finalmente São Francisco de Assis do Capivara (Palma) no dia 09 de junho de 1883.

O traçado do Alto Muriaé, atravessa o Rio Pomba em uma ponte de dois vãos, com 57 metros cada lado e, transporta a Serra do Capivara em um túnel de 330 metros, com muitas obras de arte.

A ponte de que falamos anteriormente fica em Cisneiros. A primeira ponte ali construída era menor. Depois que intensificou o tráfego, esta foi substituída. O fato curioso é que a substituição foi realizada sem atrapalhar o tráfego.

O túnel que atravessa a Serra do Capivara foi diminuido 50 metros de cada lado e, com isto ele ficou com apenas 230 metros.

Depois de Palma, o traçado do Alto Muriaé segue para Patrocínio do Muriaé. A Companhia obteve depois a modificação do traçado na direção ao vale do Manhuassú. Construiu em virtude da concessão de 1879, o trecho de Tombos de Carangola, com um ramal para Muriaé (Patrocínio do Muriaé). Em 1885 foram abertas ao tráfego as estações de Patrocínio e São Manoel; em 1886, as de Muriaé e a de Tombos. Antes de chegar a esta estação, a linha teve de atravessar uma nesga do território fluminense, o que não obstante a autorização concedida para esse fim pelo respectivo governo, motivou um conflito entre a Leopoldina e Companhia de Carangola, que também propunha levar os seus trilhos até Tombos. Logo, as duas companhias entraram em acordo.

Ao mesmo tempo que a Leopoldina extendia suas malhas na rede mineira, a companhia foi também ligando pouco a pouco as linhas fluminenses. Primeiro, a linha tronco de Cantagalo, pelo ramal de Sumidouro, depois a linha do Alto Muriaé a Santo Antônio de Pádua, pelo ramala de Cisneiros a Paraoquena.

O ramal de Paraoquena tem seu ponto inicial na Estação de Cisneiros. Ele foi construído pela Companhia no ano de 1901. Este ramal passa pelas estações de Itapiruçu, Celidônio e Paraoquena.

A linha do Alto Muriaé com todos os seus ramais ficou em torno de 8:800:000$000 (oito mil e oitocentos contos de réis), sendo aproximadamente 6.400:000$000 (seis mil e quatrocentos réis), para o trecho de Recreio a Tombos e ramal de Muriaé; e 1.990:000$000, para o trecho de Tombos a Carangola; e, a quantia de 390:000$000 para o ramal de Cisneiros a Paraoquena.
A estação de Cisneiros está a uma altitude de 124,934 , posição quilométrica 19,433. Pela ferrovia dista de Palma, 11 quilometros; de Recreio, 19 quilômetros; de Itapiruçú, 3 quilômetros; de Celidônio, 7 quilometros; e de Paraoquena, 18 quilômetros.

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Mapa Palma - 1976