O progresso de Palma nos anos 20
Coluna publicada no Jornal Cataguazes Nº 662 – 28 de agosto de 1927
DE PALMA
Já se vae fazendo sentir a salutar e benefica adminstração da nova Câmara deste município.
A nossa cidade já tem outro aspecto – as ruas limpas e aterradas; o ribeirão em toda a sua extensão desobstruído; casas que se modificam de aspecto com adaptações e limpezas de suas fachadas, tudo enfim, demonstra que já está iniciando o progresso do município, há tempo paralysado. O povo já vae comprehendendo e sentindo que a nau está em mão de timoneiro seguro, que não teme procellas.
Entre outros serviços já iniciados conta-se o edifficio do cinema-theatro que o capitão Agenor Barbosa do Amaral está construindo á rua Dr. Victor Ferreira, cujo apparelho e mobiliario já estão chegando, contando o seu proprietario inaugural-o no dia 7 de setembro proximo.
O coronel Heitor Barbosa de Castro, abastado fazendeiro do districto da cidade, construiu um bellissimo palacete á rua Bias Fortes, onde já se acha installado com sua exma família.
O cel. José Barbosa do Amaral proprietario da importante fazenda “Degredo” adqueriu dois predios na mesma rua, tencionando reformar um delles para a residencia de sua exma família.
O capitão Francisco Aarão Corrêa, activo delegado de polícia do município, auxiliado pelo brioso sargento Lopes, commandante do destacamento policial, tem desenvolvido efficaz campanha contra o jogo, uso de armas prohibidas e vagabundagem, estando o município, por isso, limpo desses vicios, pois, as ordens são severas e os auxiliares da digna auctoridade, em todos os districtos, fazem cumprir as suas determinações.
Para Belo Horizonte seguio o illustre pharmaceutico capitão Nicanor Barbosa do Amaral, chefe politico do municipio – afim de conseguir varios melhoramentos locaes, entre elles a remoção da cadeia, do local onde se acha, para ponto mais afastado, adoptando-se o predio para o Forum. Isto feito, será demolido o velho casarão onde funcciona a Camara Municipal, para, depois ser ajardinada a praça.
A remoção da cadeia, do local onde se acha, é uma necessidade, pois, é justamente o ponto proprio para a reunião das famílias, entretante, lá estão os pobres reclusos, de pernas por entre as grades, aquecendo-se ao sól, dando um triste aspecto ao logar mais concorrido da cidade.
(Do correspondente)
sexta-feira, junho 16, 2006
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