A serra do Capivara

Hoje abandona, quando a estrada de ferro Leopoldina operava entre as estações de Palma e Banco Verde existia um túnel na serra do Capivara que foi uma das maiores obras de arte executada. O túnel inaugurado em 25 de janeiro de 1886 é situado no quilômetro 41. O túnel tem 318m,70 de extensão, dos quais 294m,90 em rampa de 1,46% e 23.80 em linha de nível. Quanto ao alinhamento são 2.63m,90 em reta e 54m,80 em curva, de 172 metros de raio. A seção interna do túnel é formada por uma elipse, cujos eixos tem seis e 3m,8 combinados com arcos de círculos de 6m,96 de raio, formando o paramento interior dos pés direitos. A altura do túnel da plataforma à parte superior do intradorso é de 4m,85. A parte revestida do túnel tem 110m,30 de comprimento, sendo 52m,50 do lado de Palma e 57m,80 do lado de Muriaé. A abobada tem 0m,50 de espessura e os pés direitos 0m,75 nas nascenças do arco, no lado de Muriaé. Todo o revestimento foi feito em argamassa de cimento, tendo-se empregado alvenaria de aparelho somente na parte da abobada compreendida entre pontos pouco abaixo das juntas de ruptura. Empregou-se abobada invertida somente em dois lados lanços de seis metros. Na entrada do túnel construiram-se de um e outro lado muros de arrimo de 33m de extensão, e na saída construiu-se do lado esquerdo um extenso paredão de 124m de comprimento e altura variável de seis a três metros. Por causa das abundantes infiltrações da natureza das camadas de terrenos atravessados, muitas foram as dificuldades que se teve de vencer.
Todas as informações acima foram obtidas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.