sexta-feira, julho 21, 2006

Uma poesia sobre Palma

Vanessa Ziotto é do Rio de Janeiro(RJ) mas adora Palma e, passou a gostar a partir de uma férias. Esta poesia foi publicada em um tópico da comunidade do orkut "Palma". Entrei em contato e a Vanessa gentilmente, autorizou a sua publicação neste blog.
Obrigado Vanessa!

PALMA

Palma, grande cidade pequena
Estás em minhas lembranças infantis
Mas qual será a senha
Para encontrar seu matiz?

Sinto a cor da lenha
Que cortei para te iluminar
Com ela fiz uma fogueira
Para transformar-te no meu lar
E louvar-te nesse altar

O mundo utópico que almejei
És tu Palma
Lógico que te planejei
Cobri-te com o sopro das canções
E a calma dos peixes

Palma, como és doce!
Tem o cheiro do café da manhã que se prolonga indefinidamente
As férias intermináveis com as quais sonhei
O mundo que desejei

O som quente do café
E das xícaras assoviantes
Libertam-me da fria fé
Nos anéis de diamantes

Um mundo onde todos têm valores e são valorizados
Ninguém é desprezado
As diferenças são respeitadas
E o amor é priorizado

Terra dos pássaros canoros
Da natureza em plena forma
Com cores de todos os coros
De onde o sol se jorra

Aí não há poluição
Nem trânsito ou hora para chegar
Muito menos cotação do dólar
Ou contas para pagar

Palma, amada Palma
Seu nome vem das plantas que ornam suas colinas
Onde guardada está a alma da fauna
O coração de Minas

Sempre calma
Sempre Palma

Palma etérea
Alma de touro
Incenso fino
Dum branco puro

Cidade fantasma
Que nos preenche de nada
Tira-nos do mundo
Dá-nos seu corpo calada

Um belo lugar
Sem problemas de comunicação
Pois é uma canção
Toda palavra entregue pelo olhar

Tudo que posso dizer
Resume-se a isso
Pois o que descrevo
Basta-se num sorriso

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Mapa Palma - 1976